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23-10-2016

“Na Junta da Gafanha da Nazaré mora um executivo fechado em si mesmo que nunca junta a sua voz às vozes da população” – Modesto Santos.



Modesto Santos diz que a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, liderada por Carlos António Rocha, não conseguiu ser “parceiro na defesa dos interesses” da cidade.

Na reação ao balanço de três anos de mandato, o candidato do PS derrotado nas eleições autárquicas de 2013 à Junta da Gafanha da Nazaré diz que na Junta “mora um executivo fechado em si mesmo, que recusa novas ideias, que não dá apoio a quem precisa, que nunca junta a sua voz às vozes da população”.

“Nos últimos três anos, a Junta de Freguesia não tem sido próxima das pessoas, acessível, dinâmica e interventora, muito menos aberta às sugestões dos cidadãos e das forças vivas da nossa terra, ou sequer dialogante com as nossas associações. Veja-se o desprezo com que tratou os gafanhenses que se preocupavam, e ainda preocupam, com os efeitos do armazenamento e movimentação de petcoke, e de tantas outras mercadorias, no Porto de Aveiro”.

A recente colocação de placas delimitadoras das freguesias foi apresentada como símbolo da governação da maioria. “Sabemos bem que essa não é competência da Junta, mas exige-se do seu Presidente, nesta como noutras matérias, que exija a implementação dessas medidas, não devendo ser esquecido ainda o que diz respeito à necessária regularização, que continua por fazer, das inscrições nos cadernos eleitorais decorrentes da alteração daqueles limites”.

Modesto Santos diz que há confusão entre obras e ações da Junta e da Câmara “pretendendo talvez disfarçar com isso a sua falta de trabalho para mostrar, porque não queremos acreditar noutro cenário: no de que o Presidente da Junta se julga comissário político do Presidente da Câmara e bem assim, se coloca no papel de representante daquele perante os gafanhenses, em vez de nosso representante perante as demais entidades, na exclusiva missão de defesa dos interesses da Gafanha da Nazaré”.

O PS diz que metade das iniciativas apontadas por Carlos António Rocha como triunfos carecem de concretização. “Esperávamos que este ciclo autárquico tivesse servido para resolver o problema do Parque de Campismo, da Avenida José Estêvão, da Avenida dos Bacalhoeiros, do caos na circulação rodoviária, da agonia do Jardim 31 de Agosto, do divórcio entre as nossas associações e o Centro Cultural, da reabertura dos lavadouros, do parqueamento de autocaravanas na Praia da Barra, da revitalização do rossio na Barra, da melhoria das condições do terreno ao longo da Meia-Laranja”.

Modesto Santos vê nas movimentações dos últimos meses agitação em função do calendário eleitoral e admite que os próximos meses possam ser férteis em iniciativas. “É inaceitável que a aproximação das eleições autárquicas seja o móbil do trabalho da Junta, e não a vontade de resolver os problemas da Gafanha da Nazaré”.

O PS diz que gostaria de ver dada mais atenção às questões sociais e às dificuldades de muitas famílias da Gafanha da Nazaré. “Este executivo não teve como prioridade o aprofundamento do seu papel nesta matéria”.

Líder do grupo do PS na Assembleia de Freguesia, Modesto Santos deixou, ainda, um reparo à forma como foi feito o balanço num jornal diário. Estranha que o Presidente da Junta gaste dinheiro dos fregueses em espaço publicitário num órgão de comunicação social para fazer o balanço do seu mandato sob a forma de publireportagem.


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