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28-12-2016

Dinâmica industrial responsável pela “transformação” de Vagos



Apresentado há dias pela autarquia, um estudo sobre o crescimento industrial considera que o concelho de Vagos tem “nova dinâmica”. “Todos os indicadores são a nosso favor”, disse o vice-presidente da câmara, João Paulo Sousa, ao anunciar que o concelho subiu 20 lugares, em volume de negócios, no ranking nacional.
Responsável pelos pelouros do Desenvolvimento Económico, Planeamento e Gestão de Infraestruturas, o autarca referiu que foi registado um crescimento de 179 milhões de euros líquidos, ocupando Vagos agora a 88.ª posição, muito por força da empresa construtora de pás eólicas, Ria Blades, que continua a demarcar-se como a maior empregadora do concelho.
Destaque, ainda, para a faturação das empresas, que aumentou “mais de 50%, revelou Paulo Sousa, confirmando que entre agosto de 2015 e outubro do corrente ano, o volume de negócios registou um crescimento de 179 milhões de euros líquidos. Segundo aquele autarca, que registou com agrado a “grande transformação” de Vagos (há duas décadas era um concelho rural), 57.8% da população trabalha agora no setor secundário entanto 40.4% no setor terciário.
Mas Vagos tem, ainda, muito “espaço para crescer”, reconheceu Paulo Sousa, para quem persistem “algumas situações de ampliação e outras por resolver”. Acontece na parcela B do parque empresarial de Soza, onde oportunamente foi feita uma candidatura a fundos comunitários, no valor de 2,9 milhões de euros, destinada à criação de infraestruturas.
No decorrer da apresentação do documento, o “vice” de Silvério Regalado fez também questão de destacar o papel da autarquia, na mediação entre empresários e entidades externas. “Permite acelerar e descomplicar os processos de licenciamento, tornando-os mais céleres”, admitiu.

Críticas da Oposição. O estudo não agradou aos líderes da Oposição. Para Maria do Céu Marques (CDS-PP), que lamentou a falta de acompanhamento, por parte da autarquia, do investimento das empresas, por falta de condições de circulação, seria expetável que a câmara “não andasse a vangloriar-se daquilo que é feito pelos outros”.
Já Bruno Julião (PS), considerou que os vereadores “nada têm a ver com a evolução das empresas”, e admitiu mesmo ser “no mínimo estranho” que se comparem resultados entre agosto e outubro. Questionou, por outro lado, o porquê da recusa de propostas feitas pelo PS, para melhorias na zona industrial. Em causa está, segundo o líder socialista, a criação  do centro de apoio ao investimento e ao empreendedorismo, e o centro de competências ou um conjunto de melhorias na zona industrial de Vagos.
Eduardo Jaques
Colaborador


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