Discursando na cerimónia de inauguração do quartel da GNR de Ançã, o ministro Daniel Sanches afirmou que, no âmbito da primeira fase de um processo de reestruturação da GNR, estão a ser "avaliadas 33 das 59 freguesias partilhadas" em termos de policiamento.

Segundo o MAI, passam para a alçada da GNR 22 freguesias do país, não especificadas, que possuem no total cerca de 8.100 habitantes.

No início do discurso, Daniel Sanches agradeceu o empenho da autarquia de Cantanhede, a cujo concelho Ançã pertence, na cedência do terreno onde foi implementado o novo quartel.

Frisou, igualmente, que o processo de reestruturação da GNR, nomeadamente ao nível de instalações, "deverá prosseguir de forma sustentada e realista, sem despesismos, pois os tempos não o permitem".

As novas instalações da GNR de Ançã, até aqui a funcionar em cinco exíguas assoalhadas cedidas pela junta de freguesia local, representam um investimento total de cerca de 890 mil euros e irão comportar 17 efectivos.

Servirá oito freguesias (duas de Cantanhede e seis do vizinho concelho de Coimbra), num total de 15 mil habitantes.

Já o presidente da Câmara de Cantanhede, Jorge Catarino, recordou o historial do processo que levou à implementação do quartel da GNR, frisando que "após andar em bolandas e compassos de espera sucessivos", a obra foi "finalmente" lançada em 2003.

Também o presidente da junta de Ançã, Pedro Cardoso, se referiu aos "anos de espera" pelas novas instalações da GNR.

"O sonho tornou-se hoje realidade, após tantas promessas e protocolos", disse, defendendo ainda a necessidade de "mais meios humanos" para a corporação de Ançã.