O grupo de trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, encarregue pela ARS de desenvolver o estudo, esteve hoje reunido e comprometeu-se a apresentar os resultados em finais de Março ou início de Abril do próximo ano.

Durante cerca de um mês os médicos dos 109 centros de saúde da ARS Centro vão realizar o inquérito a uma amostra dos seus pacientes, em função de critérios previamente definidos pelo grupo de trabalho, etários e de sexo.

Massano Cardoso, professor da Faculdade de Medicina expressou expectativa pelos resultados do inquérito e realçou que com eles ficará disponível informação de "grande qualidade".

O docente salientou que o inquiridor é um profissional altamente capacitado, o médico, que questiona o seu paciente tendo à sua frente a ficha clínica.

O inquérito está preparado para que seja preservada a confidencialidade do titular da informação clínica, acrescentou Fernando Andrade, presidente da ARS Centro.

Segundo Massano Cadoso, o tratamento dos dados permitirá realizar análises comparativas por concelhos e estudos complementares para identificar desvios comportamentais, patologias e estilos de vida.

A amostra dos inquiridos na região centro será "altamente representativa", nas palavras do docente, por envolver "entre 25 mil a 35 mil pessoas", num território com uma população residente estimada em perto de 2,35 milhões de habitantes.

As comunidades sujeitas a determinadas agressões ambientais, como as de Souselas (Coimbra) e Maceira (Leiria), onde se localizam fábricas de cimento, vão ser alvo de um "tratamento especial", aumentando-se o número de inquiridos para que os resultados sejam mais representativos, referiu Massano Cardoso.

Na preparação do questionário para o Estudo à Saúde da População da Região Centro o grupo de trabalho realizou um pré-teste envolvendo uma centena de utentes das seis Sub- Regiões de Saúde da ARS Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu).