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26-01-2017

Vil. Bairro: Rede viária e arranjos urbanísticos prioritários



Ainda que considere prematuro falar de eleições ou de uma eventual recandidatura (a decisão permanece no segredo dos deuses), o autarca Carlos Torres faz um balanço muito positivo do ano de 2016 e do mandato. A JB falou das prioridades para 2017, centradas na rede viária e nos arranjos urbanísticos.

A terminar o primeiro mandato à frente dos destinos da freguesia de Vilarinho do Bairro, o autarca Carlos Torres diz que ainda é cedo para falar de eleições e recandidatura, por isso prefere dizer que “em tempo oportuno será divulgada a minha posição”. Todavia faz, de 2016, um balanço “extremamente positivo”, considerando mesmo que este terá sido o ano “mais benéfico para a freguesia”, pelas várias obras realizadas, quer pela Junta de Freguesia, quer pela Câmara Municipal.
Assim, as obras de maior peso, a cargo da Câmara Municipal de Anadia nesta freguesia foram: a execução de passeios e zona de estacionamento no Largo da Igreja que se estenderam até ao cruzamento do Restaurante Chicote, “um velho anseio que só este ano foi possível concretizar”; pavimentações realizadas na freguesia, sendo a mais significativa a da Estrada do Porto da Pipa, um caminho agrícola que une as freguesias de S.Lourenço do Bairro e Vilarinho do Bairro e que é bastante utilizado; sem esquecer um outro caminho agrícola que faz a ligação entre a Pedreira de Vilarinho e a localidade de Torres e que “era importante pavimentar”. Por outro lado, Carlos Torres destaca “o arranjo urbanístico no cruzamento de Torres (EN 333) que está em fase de conclusão” e a aquisição de alguns terrenos adjacentes ao espaço do mercado de Vilarinho do Bairro para que se pudesse alargar a área de estacionamento.
Em 2016, o autarca realça ainda o protocolo com a Câmara Municipal que possibilitou a conclusão, nos Banhos, das obras relacionadas com o arranjo urbanístico ali em curso: piscina pública e espaço adjacente (zona verde) à piscina, mas também os balneários da Associação Desportiva Ribeira/Azenha com vista à conclusão dos mesmos.
No último ano, a Junta de Freguesia foi ainda responsável pela requalificação do cemitério da Ribeira: “fizeram-se zonas pedonais e arranjos em espaços verdes. Era uma prioridade”, avança o autarca, dando conta de que se fez ainda a beneficiação do Parque de Merendas dos Banhos, que “era uma grande necessidade, já que aquele espaço estava praticamente votado ao abandono e foi requalificado para o tornar mais digno.” No local foi colocada uma churrasqueira e mesas, “de forma a tornar o espaço num parque de merendas”, diz, sem esquecer o arranjo urbanístico no parque da Azenha, “na parte que faltava”, tendo sido esta, a seu ver, “a maior obra de 2016”, na medida em que se tratava de uma grande área: “foi concluído o espaço com zona verde e máquinas de manutenção que se vieram a revelar muito úteis, com a população a utilizá-las frequentemente. No local foi ainda construída uma ponte em madeira que une os dois lados do rio Levira e a intervenção deixou-nos muito agradados”, destaca Carlos Torres.

Orçamento para 2017 ronda os 165 mil euros. O incremento que a Câmara Municipal de Anadia deu ao celebrar acordos pontuais com a Junta de Freguesia permitiu “aumentar” o orçamento, que é sempre reduzido, sendo que a maior parte é absorvida pelos gastos com pessoal, e manutenção de espaços verdes.
Com taxas de execução a rondar os 85 a 90%, Carlos Torres diz querer concluir mais obras até porque ao receber mais verba, tem mais alguma “liberdade”.
Assim, a Junta de Freguesia, durante este ano, espera conseguir concluir o arranjo urbanístico no Largo do Passo, em Vilarinho do Bairro. Uma obra, que admite, “vai levar a maior fatia do orçamento”. “Queremos conjugar zonas verdes com caminhos pedonais e também tentar colocar uma zona que seja propícia à prática desportiva”, explica. No entanto, Carlos Torres deseja ainda proceder à colocação de árvores em dois terrenos com cerca de 6 mil metros na freguesia. Terrenos públicos mas que urge limpar por estarem ao abandono e com silvas. “Com a plantação das árvores, o autarca diz resolver dois problemas: limpar os terrenos e cria receita a médio/longo prazo.
“Iremos avançar com o arranjo urbanístico no Largo de Chipar de Baixo”, onde existem árvores de algum porte, mas que obrigará a retirar um velho e degradado parque infantil. “Vamos dar uma outra imagem ao local, com a construção de novos passeios, criar uma zona verde e colocar lá algumas mesas e bancos.”
A JB revela ainda a intenção de avançar com duas obras muito idênticas: requalificações de estradas onde pretende aumentar a faixa de rodagem e criar zonas de passeio para peões, de forma a garantir maior segurança. Trata-se das estradas que ligam Bemposta a Amoreira da Gândara e Chipar de Cima a Chipar de Baixo. Em ambas “queremos resolver o problema da faixa de rodagem que tem de ser maior devido ao trânsito de autocarros e veículos de maior, dimensão, mas também porque existem muros de suporte de terras e desníveis que é preciso corrigir. Vamos ainda criar zonas de passeios e resolver a questão da segurança e das águas pluviais.”
A terminar, destaca a necessidade de proceder a alguns alcatroamentos, porque o acesso a algumas habitações na freguesia ainda se faz em caminhos de terra batida. “São pequenas extensões que queremos corrigir”, sem esquecer a substituição de muita sinalização vertical. “Já temos um levantamento exaustivo de toda a freguesia – tanto dos sinais de trânsito como dos sinais de informação que é preciso substituir.”

Obras profundas de remodelação no mercado da freguesia

Em 2017, a Câmara Municipal de Anadia vai realizar aquela que será a obra mais emblemática na freguesia e que passa pela requalificação de todo o recinto do mercado. Uma obra que ascende a mais de 350 mil euros e cujo projeto moderniza e transforma por completo o atual recinto. Embora o projeto tenha sido refeito algumas vezes, devido à aquisição de terrenos para ampliar a área destinada a estacionamento, a verdade é que esta aquisição permitiu desenvolver uma solução final, com mudanças de vulto a acontecer. De resto, os únicos espaços que se vão manter são os sanitários e a zona dos talhos e peixaria, que irá receber apenas uma nova cobertura.
O mercado ficará completamente vedado e terá uma zona de portaria, zona de restauração completamente nova. Haverá ainda um pavilhão em frente aos talhos para receber hortaliças, legumes, fruta, pão, bolos, salsicharia, bacalhau.
No meio será a zona destinada à feira tradicional. O projeto permite ainda que este espaço possa receber espetáculos ao ar livre. “Tudo ficará dividido por zonas e secções específicas. Haverá vários sanitários e mais entradas e saídas”. A “obra deverá começar na primavera e enquanto decorrerem os trabalhos, é certo que o mercado mudará de local. É uma mudança temporária, mas inevitável.

Catarina Cerca


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