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15-12-2004

PS acusa câmara de negociar secretamente com a ERSUC


Águeda

A concelhia do PS de Águeda acusou, ontem, através de um comunicado, que a Câmara Municipal de Águeda renovou o contrato de recolha do lixo com a Empresa Resíduos Sólidos do Centro (ERSUC) sem conhecimento do executivo.

O PS afirma que "a câmara e o PSD optaram por processos pouco transparentes e que em nada contribuem para a defesa do concelho", acrescentando que "em vez de transparência procuraram a negociação particular e o secretismo".

O PS diz que apresentou, há meses, uma proposta para que fosse aberto concurso público internacional para a concessão da recolha e transporte de resíduos sólidos.

Os socialistas apontam que "o PSD não considerou oportuna a sua discussão e que remeteu o assunto para mais tarde. Ficámos surpreendidos quando tomámos conhecimento que - sem conhecimento do executivo - tenha decidido prolongar o contrato com a ERSUC".

O Partido Socialista entende que "a autarquia e o PSD prestaram um mau serviço ao Concelho e hipotecaram, durante mais alguns anos, a possibilidade de Águeda, como faz a maioria das Câmaras do país, optar por processos transparentes de decisão no que respeita à concessão de serviços públicos".

Os socialistas, em comunicado, lamentam ainda profundamente esta decisão "autista do PSD que não defende os interesses do concelho e o dinheiro de todos nós".

No intuito de averiguar as possibilidades de anular a decisão do PSD, o PS solicitou à autarquia aguedense um dossier completo deste processo, onde pede cópia dos contratos estabelecidos entre a empresa e a autarquia.

Para Nair Barreto, presidente da câmara em exercício, o processo é transparente e "a câmara não aceita esta acusação", sublinhando que "o contrato foi renovado de uma forma natural, uma vez que nenhuma das partes o renunciou". "Esta renovação é um princípio básico dos contratos", argumenta.


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