| Manuel Cajuda, que tinha substituído o inglês Mick Wadsworth à entrada para a quinta jornada da Superliga de futebol, abandonou hoje o comando técnico do Beira-Mar, numa rescisão por mútuo acordo, anunciou o clube aveirense no seu site oficial. "O ponto final na ligação foi obtido por comum acordo depois de a Direcção liderada por Mano Nunes ter ouvido da parte do treinador Manuel Cajuda e do adjunto Rui Nascimento o pedido formal para as suas demissões", pode ler-se na informação publicada no site do Beira- Mar. Apesar de apanhado de "surpresa" com o pedido dos dois técnicos, Mano Nunes "entendeu as razões apresentadas por Manuel Cajuda e Rui Nascimento e em clima de total cordialidade acertou, por mútuo acordo, o final dos contratos", divulga o mesmo site. Em declarações posteriores à divulgação do "divórcio", Manuel Cajuda confirmou, em conferência de imprensa, ladeado por Mano Nunes, ter apresentado o pedido de demissão em virtude dos "resultados menos positivos" do Beira-Mar. Enquanto o presidente do Beira-Mar se manteve em silêncio, Manuel Cajuda, questionado se terá dado algum conselho sobre a futura equipa técnica aveirense, rejeitou qualquer "dica" a Mano Nunes: "não dou conselhos ao presidente porque ele sabe muito de futebol". Segundo o site do Beira-Mar, o plantel profissional fica, para já, a trabalhar às ordens de Paulino Silva e Ricardo Guerra. A apenas um ponto da zona de despromoção (14º classificado), o Beira-Mar agravou a sua situação na Superliga com a derrota de domingo na recepção ao Moreirense (1-3), confirmando a "tradição" aziaga de Manuel Cajuda, que nunca venceu em Aveiro como treinador. Em dez jogos como responsável técnico dos aveirenses, Manuel Cajuda conseguiu somar apenas um triunfo, curiosamente na ronda anterior ao passado fim-de-semana, e logo no Estádio do Dragão, frente ao bicampeão nacional FC Porto (1-0). Manuel Cajuda iniciou a temporada ao serviço do Marítimo, mas deixou o clube madeirense logo após a primeira jornada, não resistindo à derrota por 3-0 no Estádio do Restelo, frente ao Belenenses. O período de desemprego foi curto, pois Manuel Cajuda aceitou o convite do Beira-Mar para suceder a Mick Wadsworth, que abandonou Aveiro após um triunfo no Bonfim, sobre o Vitória de Setúbal (2-1), alegando motivos pessoais. Ao cabo de 14 jornadas, e à entrada para a última ronda de 2004, Manuel Cajuda protagonizou a sétima "chicotada psicológica" da temporada, a segunda da "conta pessoal". Foto: www.beiramar.pt |
