Fonte próxima do presidente do partido disse à Lusa que o objectivo é ultrapassar as duas últimas grandes concentrações de militantes do CDS: um jantar de apoio à candidatura de Paulo Portas à Câmara de Lisboa em 2001, que reuniu 2.000 pessoas, e um outro com o mesmo número de pessoas, em 1995, em Aveiro, quando Manuel Monteiro ainda liderava os populares e Portas era candidato por este distrito nas legislativas.

A convocatória para o mega-almoço está a ser feita por mensagem escrita de telemóvel (SMS), uma opção que pretende aproveitar a lógica de "passa-palavra" desta tecnologia, referiu.

"Queremos demonstrar que existem em Portugal três partidos de Governo", sublinhou a mesma fonte, realçando que PS e PSD optaram por fazer os seus grandes encontros com militantes em Lisboa, por ocasião do Natal.

"Nós quisemos fazer o nosso encontro no eixo industrial do país. A Norte está a sociedade civil, a massa empresarial e a nova geração cultural e científica", frisou.

Por outro lado, a escolha de Santa Maria da Feira para a realização deste almoço é também um gesto para com o distrito de Aveiro, por onde tem sido eleito o líder do CDS-PP, Paulo Portas.

Quanto às listas de deputados, a mesma fonte assegurou que "estão a ser fechadas" e que serão apresentadas e aprovadas em Conselho Nacional no início da semana - previsivelmente terça-feira - "de uma só vez e não na lógica do pinga-pinga".

O CDS-PP foi o único partido com assento parlamentar que ainda não anunciou oficialmente qualquer candidato às legislativas.

O PS optou por apresentar todos os cabeças de lista de uma só vez, enquanto PSD e CDU têm vindo a apresentar espaçadamente os seus candidatos. O Bloco de Esquerda também já apresentou a maioria dos seus cabeças de lista.

O "marketing" da campanha do CDS está entregue a uma empresa 100 por cento portuguesa, responsável pela campanha autárquica de Paulo Portas - que ficou marcada pela frase "Eu Fico!" - e pelas legislativas de 2002, em que o CDS se assumiu como "o braço direito de Portugal", disse ainda a mesma fonte.

A campanha do CDS, cuja parte gráfica irá para as ruas no fim- de-semana de 8 e 9 de Janeiro, pretende ser "serena, com menos espectáculo e maior contenção de despesas" e demonstrar "a obra feita e a que ficou por fazer", acrescentou.