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18-07-2017

Estudantes da UA desenvolvem robô para ajudar Proteção Civil em cenários de crise.



Estudantes da Universidade de Aveiro desenvolvem robô para ajudar Proteção Civil. Num cenário de catástrofe porquê arriscar a vida no reconhecimento do interior de um edifício desmoronado? 

A solução é um robô capaz de entrar nos escombros, mapear em três dimensões o espaço, detetar focos de incêndio e medir a temperatura, humidade e monóxido de carbono e, em tempo real, enviar os dados para o exterior.

Pequeno e autónomo, o robô desenvolvido por um grupo de estudantes de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro (UA) quer ser uma preciosa ajuda quando todos os minutos são essenciais para salvar vidas.

Projetado por 15 estudantes do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, no âmbito da unidade curricular de Projeto em Engenharia Electrotécnica lecionada pelo docente Nuno Borges CArvalho, o robô já está em fase de protótipo e à espera de todos os apoios para, no futuro, ser fundamental no trabalho da Proteção Civil.

Para tal, os estudantes têm já delineado a HART – Human Aid Robotic Technologies, uma empresa que, quando nascer, vai dar suporte ao desenvolvimento e comercialização do robô.

Projeto único num mercado onde abundam soluções voltadas essencialmente para ambientes militares e que fazem uso das câmaras apenas para recolha de imagens, o robô tem também por novidade a capacidade de dispensar um operador já que, apontam os estudantes do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, na fase final de desenvolvimento o robô vai ser capaz de se mover e adquirir informação de forma autónoma.

Com 1,5 quilogramas e 23 por 28 centímetros, o robô pode facilmente ser usado em todos os cenários que necessitem de medir condições ambientais e em que a obtenção de um modelo tridimensional possa ser útil. Nestes cenários os estudantes incluem incêndios, colapsos parciais, grutas, demolições e operações de reconhecimento, busca e salvamento.

O robô pode ainda ser usado para ajudar na avaliação da integridade e extensão de danos num edifício afetado por um sinistro.

Do interior dos escombros o robô conseguirá informar sobre a temperatura, humidade, concentração de monóxido de carbono e presença de focos de incêndio. Será ainda possível visualizar um modelo tridimensional do espaço onde o robô se encontra.

Todos estes dados serão disponibilizados em tempo real às equipas de salvamento através de uma aplicação de computador criada para o efeito, onde a informação é apresentada de forma clara, simples e concisa, para acelerar o processo de análise e tomada de decisões.

Nesta fase de desenvolvimento, apontam os estudantes, o robô já consegue fazer a sensorização do ambiente e gerar o respetivo modelo 3D. Dentro em breve, será a vez da implementação da capacidade de adquirir e sobrepor vários modelos 3D e da instalação do movimento autónomo. Depois disso estará pronto a entrar em ação.

Texto e foto: UA


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