A concelhia do Partido Socialista de Águeda acaba de enviar ao PSD local uma carta aberta, com a finalidade de lançar farpas aos 30 anos de gestão autárquica dos social-democratas aguedenses. Os socialistas afirmam que existem factos ocorridos em Águeda que “são lesivos da imagem de todos quantos nasceram ou decidiram viver em Águeda”. “Se alguns episódios irão ainda prolongar-se no tempo - como o caso do julgamento do processo de peculato em que supostamente estão envolvidos o presidente da câmara, Castro Azevedo e o deputado Cruz Silva - outros não fazem sentido que ocorram e que se mantenham”. Os socialistas lamentam que Águeda tenha um presidente da câmara que ganha o ordenado, mas que “não exerce porque está proibido de entrar no edifício da Câmara" (medida de coação aplicada pelo tribunal no âmbito do processo). Todavia, “tanto quanto sabemos, não está impedido de participar em cerimónias públicas, prova disso foi a sua presença na cerimónia da inauguração do Estádio Municipal”. Por isso, as inaugurações deveriam ser feitas pelo presidente - uma vez que não renunciou ao mandato como o PS entendia - embora muito poucas, “a não ser que a, partir da nova moda de inaugurar obras de restauro, comecem a inaugurar a pintura das passadeiras, o tapar dos buracos nos passeios, e a poda das árvores”. Recordam no documento “o cómico” que foi o Fórum da Juventude ter sido inaugurado três vezes, e o facto de “os mesmos protagonistas continuarem a escalada das inaugurações e terem presenteado toda a comunidade aguedenses, e não só, com um espectáculo que a todos cobre de ridículo e está a marcar a cidade e o concelho para todo o sempre”. Finalmente, o PS aguedense afirma que “a política tem de ser feita com rigor e com parcimónia, pelo que acontecimentos como estes que têm vindo a ocorrer entre nós não deveriam ter lugar”, lamentando que “não houve qualquer atitude da parte do PSD no sentido de corrigir formas de exercer o poder autárquico menos consentâneas e com a dignidade que deve presidir à representação institucional do Concelho”. Pedro Fontes da Costa
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