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13-11-2017

Estarreja é o Município onde amortização de crédito à habitação se consegue em menos anos.



Famílias da região demoram, em média, 17 anos a reembolsar Crédito à Habitação.

Um estudo da plataforma “ComparaJá.pt” revela que Aveiro está a meio da tabela dos distritos nacionais. Surge em 8º lugar entre os que conseguem prazos mais reduzidos de amortização. Uma família leva, em média, 17 anos, a concluir o pagamento.

Dentro do distrito, Estarreja é o concelho que apresenta a média de anos mais reduzida fixando-se nos 11 anos para pagamento da casa. Aveiro e Ílhavo apresentam dados semlhantes com prazos de amortização que rondam os 20 e 21 anos, respetivamente.

Dados comparados entre concelhos permitem ter uma ideia sobre as disparidades. Com o preço do m2 médio mais elevado do distrito, e com um dos salários médios mais baixos, verifica-se que em Espinho, um casal que solicite um crédito à habitação a 30 anos conseguirá adquirir um imóvel de 157 m².

Por outro lado, tendo em conta o salário e preço do m² médios de Estarreja, o mesmo casal conseguirá adquirir um imóvel de 338 m2. Já se o casal habitasse e trabalhasse num dos dois concelhos mais populosos do distrito de Aveiro, Santa Maria da Feira ou Aveiro, conseguiria adquirir um imóvel de 249 m2 ou 198 m2, respetivamente.

Se os distritos do Interior se destacam pela positiva, exigindo a aquisição de habitação, em média, apenas 15 anos de trabalho, as realidades do Algarve (42 anos), Lisboa (36 anos) e Madeira (28 anos) deixam em evidência as disparidades entre os salários e o preço por m² médios em algumas regiões do nosso país.

Alertada pelo facto de, muito por consequência destas disparidades, 4 em cada 10 dos mais de 6.000 portugueses que entre março e agosto utilizaram o seu simulador gratuito de crédito à habitação terem obtido prestações demasiado elevadas para o seu orçamento mensal, a plataforma ComparaJá.pt procurou analisar qual o valor máximo de financiamento que um casal poderá solicitar para comprar casa em cada município de Portugal sem pressionar a sua taxa de esforço, indicador que visa evitar futuras situações de sobreendividamento.

As conclusões do estudo deste portal independente que disponibiliza ferramentas de comparação de produtos de crédito e pacotes de telecomunicações apontam para o facto de, em média, as famílias nacionais necessitarem de 25 anos de trabalho para conseguir comprar casa (exemplo de habitação com 120 m²), sendo quatro dos quais correspondentes à poupança para a entrada inicial do empréstimo, caso dediquem a esta finalidade um terço do total dos seus rendimentos mensais.

“Com base nas perspetivas exploradas no estudo, seja pelo ajuste do valor do empréstimo ou do prazo do mesmo, os portugueses podem perceber como adequar o pedido de crédito à habitação às suas reais possibilidades financeiras por forma a não pressionarem a sua taxa de esforço acima do limite recomendável – cerca de um terço do rendimento mensal do agregado - e, consequentemente, evitar o incumprimento para com o banco”, explica Sérgio Pereira, fundador do ComparaJá.pt.


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