Os dados sobre a criminalidade violenta nos cinco distritos que integram a área de jurisdição da estrutura regional da Guarda Republicana - Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu - incluem 15 homicídios, 57 ofensas corporais, 41 violações e 29 raptos e sequestros.

Ao fazer o balanço da actividade operacional de 2004 da Brigada 5, o major-general Joaquim Reis congratulou-se com os resultados alcançados, mas admitiu que a corporação não dispõe dos necessários meios humanos.

"Há alguma carência de efectivos, dado que a admissão não tem colmatado as passagens à reforma", disse o comandante num encontro com jornalistas.

O total de crimes violentos decresceu de 717, em 2003, para 614, no ano seguinte, a maioria dos quais registados pelo grupo territorial de S. João da Madeira da GNR, onde também foi evidente a diminuição, de 330 para 249.

Os outros grupos territoriais têm sede em Viseu, Aveiro, Coimbra, Guarda e Castelo Branco.

Em 2004, os crimes contra o património (354), designadamente roubos, lideraram a lista da criminalidade violenta, seguindo-se os crimes contra as pessoas (142) e diferentes formas de coacção (118), num total de 614 situações.

No entanto, segundo o tenente-coronel Loureiro Pinto, que fez a apresentação inicial dos dados, a criminalidade com carácter violento representa na região apenas 1,62 por cento de um total de 37.836 registos.

Verificaram-se dezenas de agressões e atitudes de desobediência aos agentes da autoridade, além de uma tentativa de homicídio na zona de Águeda, com arma caçadeira, e de um duplo homicídio, que vitimou membros da GNR em Freixo de Numão, zona da Guarda, em Setembro.

Quanto à sinistralidade rodoviária, o número de acidentes também desceu no ano passado, em relação a 2003, de 22.106 para 21.346, sublinhou aquele oficial, responsável pela Divisão de Operações e Informações da Brigada 5 da GNR.

Esta redução equivale a menos 33 mortos, menos 65 feridos graves e 676 leves.

Nas estradas da região, morreram 184 pessoas, 522 ficaram feridas com gravidade e mais de 7.000 sem gravidade.

O significativo aumento das detenções por tráfico de drogas (155 em 2003 e 282 no ano seguinte), que Loureiro Pinto associou a um "incremento da actividade" dos núcleos de investigação criminal, foi também salientado.

Igualmente realçada foi o reforço da actividade do serviço de protecção da natureza e ambiente, que realizou 5.944 patrulhamentos, mais 1.106 do que em 2003, com incidência na prevenção dos incêndios florestais, além de um acréscimo de 750 autuações.