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19-02-2018

Ílhavo: PS diz que "não é prudente" adiantamento de verba para construção da rotunda da Barra.



Os Vereadores do Partido Socialista de Ílhavo votaram contra a proposta da maioria PSD de adiantamento de cerca de 250 mil Euros à empresa responsável pela empreitada de alteração viária da rotunda da Barra.

Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Sara Pinho afirmam que a proposta do PSD de aceder ao pedido de adiantamento da empresa Paviazeméis “não respeita as regras da gestão sã e prudente e que as boas práticas de gestão financeira desaconselham”.

Eduardo Conde considera mesmo que este adiantamento financeiro ao empreiteiro “é tendencialmente lesivo dos interesses da população, porque não fica evidente qualquer ganho para o interesse público nem elimina qualquer risco futuro quanto ao normal desenvolvimento da obra em causa”.

A obra de 1,8 milhões de euros está no terreno há quatro meses e tornou-se polémica desde o início com as queixas de quem pretendia soluções alternativas para evitar o afluxo de carros à praia, passandop pelas queixas do PP em plena campanha eleitoral de que o arranque das obras não respeitava a necessidade de visto do Tribunal de Contas.

A autarquia enfrenta prazos apertados e salientava que o procedimento era habitual. Espera fechar a construção antes do Verão como solução para desnivelar a saída da praia da Barra e, dessa forma, evitar constrangimentos ao trânsito conferindo mais "segurança" à circulação em situações de emergência.

O PS também acabou a contestar o arranque dos trabalhos ainda antes da chegada do visto do TC no final de Setembro e, agora, contesta o adiantamento de verbas na ordem dos 250 mil euros quando a execução da obra está nos 150 mil euros “independentemente do seu enquadramento legal não estar em causa”.

A empresa estará a justificar o pedido de adiantamento alegando falta de liquidez e dificuldades de financiamento bancário para cumprir o pagamento de uma sub-empreitada de colocação de estacas verticais.

“O PS considera que esta operação financeira, que visa atender às dificuldades financeiras de uma empresa, não é prudente e, por isso, lesiva dos interesses dos munícipes, valor essencial do qual os autarcas socialistas nunca se desviarão”.


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