Um dos distritos mais exportadores do país quer continuar a crescer pela via da internacionalização e tem bases fundamentadas para concluir que pode aumentar as exportações e reduzir importações.

Dados que o estudo de caracterização do “Ecossistema Exportador e Importador do Distrito de Aveiro”, da Deloitte para a Associação Industrial do Distrito de Aveiro, confirma.

Para já o maior problema enfrentado pelas empresas é a perda de população dos territórios, o envelhecimento e a falta de mão de obra qualificada.

A base de trabalho é reconhecida como importante. O distrito continua a garantir peso expressivo ao distrito de Aveiro com 13% do total de exportações nacionais. No campo das importações a quota aveirense é de 7% no total do país.

O estudo identifica casos em que é possível substituir o peso da importação pela produção local ou nacional. Reduzir as importações e aumentar as exportações é o foco do estudo que vê o saldo positivo da balança comercial do distrito como indicador do que caminho que é necessário fazer.

Pedro Janeiro, da consultora responsável pelo estudo, afirma que o passado recente mostrou que a resiliência do distrito à crise esteve, em parte, sustentado na sua vocação exportadora.

“A taxa de crescimento de empresas de 2011 a 2015 de 3,8% e em Portugal de 4,3% mas se olharmos para o número de postos de trabalho há compressão. A redução do numero de postos de trabalho foi três vezes inferior à média nacional. As empresas de base exportadora mais acentuada conseguem não reduzir tanto”.

Aveiro resistiu à crise dos últimos anos devido à sua capacidade exportadora mas é no tecido que exporta que estão concentradas parte das importações.

A nova fábrica da Navigator, em Cacia, que vai produzir papel para consumo doméstico é um desses casos em que a produção local poderá satisfazer o mercado.

Cortiça, celulose, Cerâmica e indústria automóvel são alguns dos setores de maior influência e dos que podem ganhar mais peso à escala regional.

Fernando Paiva Castro, presidente da Associação Industrial, afirma que o estudo é uma forma dos empreendedores terem informação para decisões estratégicas sustentadas (com áudio).