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10-04-2018

Duas obras de referência mundial na literatura do mar com a chancela do Museu Marítimo de Ílhavo.



O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) está diretamente associado a dois best-sellers da literatura universal ligada à cultura do mar e que marcarão forte presença nas livrarias do país, estando igualmente disponíveis na livraria do Museu: “O Mar. Uma História Cultural” de John Mack (edição BookBuilders/Museu Marítimo de Ílhavo, com prefácio de Álvaro Garrido, docente e investigador universitário e consultor do MMI) e “A Campanha do Argus” de Alan Villiers (4.ª ed., edição Cavalo de Ferro com apoio do Museu Marítimo de Ílhavo e com o estudo introdutório de Álvaro Garrido).

A obra de John Mack, tendo em consideração que grande parte da população mundial vive em zonas litorais ou junto a elas, retrata o múltiplo envolvimento delas com o mar, a diversidade dos próprios mares, das tecnologias marítimas, muito especialmente a prática da navegação, e as diferentes culturas estabelecidas em torno do mar e dos marinheiros, mostrando de que forma as duas esferas, a da terra e a do mar, nunca estão completamente separadas. Em “O Mar. Uma história cultural”, John Mack recorre à historiografia, à arqueologia marítima, à antropologia, à história da arte, à biografia e à literatura para levar a cabo um levantamento inovador das águas que nos cercam.

O livro “A Campanha do Argus”, considerado um clássico da literatura marítima mundial, narra a viagem de um dos mais belos veleiros da frota bacalhoeira portuguesa, o Argus.

Numa escrita límpida e envolvente, Alan Villiers, oficial da Armada australiana e presença assídua nas páginas do National Geographic Magazine do segundo pós-guerra como repórter das “coisas de mar”, descreve um belo e minucioso memorial de pesca do bacalhau com dóris de um só homem, permitindo entender os múltiplos significados deste património marítimo singular e desvendar a relação interessada do Estado Novo e do seu aparelho de propaganda com o drama épico da pesca do bacalhau.

“A Campanha do Argus”, surge agora na sua quarta edição, foi editada pela primeira vez, depois do original de 1951, por iniciativa do Museu, no ano de 2005, algo inédito em Portugal.


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