O Partido Social Democrata de Ílhavo reage à tomada de posição do PS sobre a troca de palavras entre os dois partidos a propósito de casos que envolvem o anterior e o atual presidente de Junta e diz que o autarca eleito pelo PSD preservou a imagem do antecessor durante o processo eleitoral.
Depois do PS ter dito que Luís Diamantino (PSD) tinha iniciado o recebimento de verbas referentes à atividade a meio tempo sem avisar a Assembleia de Freguesia e sem cabimentação orçamental, o PSD contra-atacou para dizer que o anterior autarca tinha enfrentado um processo com a autoridade tributária.
Reconhecendo que houve um processo que resultou de contabilização indevida mas que o anterior autarca pagou a coima do seu bolso, o PS acusou Luís Diamantino de optar por um “ataque à honra” de Domingos Vilarinho (PS).
O PSD esclarece que a acusação que fez remonta ao ano de 2013 e tem a ver com o registo contabilístico de faturação de despesa com combustível (gasóleo verde).
Defende que o próprio Presidente Luís Diamantino, já eleito, procurou “ajudar” e “apoiar” o ex-Presidente da Junta na melhor resolução da situação e refere que se quisesse tirar proveito político da situação teria tido a oportunidade de o fazer em plena campanha eleitoral.
“Por uma questão de ética e respeito, o assunto permaneceu onde sempre devia ter ficado, na Junta de Freguesia e não na praça pública”.
Os Sociais Democratas lembram que o processo terminou com a condenação da Autoridade Tributária e Aduaneira a Domingos Vilarinho e confirmam que o ex-Presidente da Junta de Freguesia, “na assunção dos factos, de imediato, se prontificou a pagar a coima que lhe foi aplicada”.
Depois do PS de Ílhavo justificar o caso com um “registo incorreto” de um custo com combustível "necessário à utilização de uma máquina agrícola, voluntariosamente cedida por um freguês, ao serviço de tarefas de limpeza das vias públicas", o PSD diz que não há qualquer registo e que por isso “não houve utilização de máquina agrícola ao serviço da Freguesia a fazer limpeza nas vias públicas”.
“Ao contrário do que afirma o comunicado socialista, o registo ´incorreto` foi efetuado de forma contabilística perfeitamente correta, já que existem faturas com o Número de Identificação Fiscal da Junta de Freguesia da Gafanha do Carmo que registam a despesa de gasóleo agrícola”.
Revela que terá sido este registo que despoletou a investigação pela Autoridade Tributária e Aduaneira, questionando a Junta se o referido documento constava ou não da sua contabilidade.
Disposto a colocar ponto final no assunto, Carlos António Rocha, presidente da concelhia Social Democrata, diz que a discussão sobre a remuneração de Luís Diamantino a meio tempo tem “contornos pouco éticos”.
Revela que o assunto está esclarecido junto da oposição socialista da Assembleia de Freguesia da Gafanha do Carmo e define-o como “não assunto” uma vez que estará “devidamente enquadrado com a legislação em vigor e que não levantou discordância nem objeções na bancada do PS, concordando com a justiça da medida tomada”.
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