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18-07-2018

Colecionador da Gafanha da Nazaré sonha com espaço museológico para apresentar peças de temática marítima.



Manuel Mário Bola admite que a condição que coloca para a disponibilização do espólio composto de peças de temática marítima é a exibição na Gafanha da Nazaré.

O colecionador, construtor de miniaturas, especializado na recuperação de peças náuticas, tem propostas de venda para colocar as coleções no Gil Eanes, em Viana do Castelo, e até de outros países onde há colecionadores interessados.

Entrevistado no programa Conversas, em emissão que pode ser escutada às 19h, MMB admite que tem resistido a efetivar a venda admitindo-se que o conteúdo possa atingir uma avaliação acima dos 250 mil euros.

Com o património das famílias da Gafanha da Nazaré afirma que seria possível fazer um museu e que há espólio que se perde sempre que desaparece a pessoa que organiza em vida essas coleções.

Lembrou o exemplo de Marcos Cirino, cujas fotografias foram desaparecendo com o tempo. Não esconde que teme, igualmente, pelo fim da sua coleção caso não seja definido um futuro para o património.

Sócio fundador da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré, o artesão fala do Forte da Barra como local indicado para a instalação de um Museu e admite que não desgosta da ideia proposta por Senos da Fonseca quanto à possível utilização do terminal de pescado congelado, no terminal bacalhoeiro, estrutura que nunca foi usada para as funções para as quais foi concebida.

Entre bússolas, miniaturas e peças de submarinos que se afundaram na costa portuguesa, o colecionador confessa que o seu sonho é colocar as peças como símbolo de uma cultura marítima da Gafanha da Nazaré (com áudio).

Entre as mais valiosas fala de uma peça pertencente a um submarino que naufragou perto de Setúbal (com áudio).

Manuel Mário Bola identifica ainda como lacuna a falta de referências à construção naval na Gafanha da Nazaré e na região. Lembra a tradição dos estaleiros Mónica (madeira) e São Jacinto e a recuperação da fragata D. Fernando II e Glória pela mão do mestre Alberto.

Para o modelista, esse património está esquecido e foi das principais imagens de marca da região.

 


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