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17-11-2018

Ílhavo celebra Dia do Mar com programa evocativo.



Ílhavo celebra o Dia Nacional do Mar centrado na atividade bacalhoeira.

A programação deste Dia Nacional do Mar inicia-se, às 9h30, com uma sessão de Yoga junto ao Aquário dos Bacalhaus, no Museu Marítimo de Ílhavo.

Enquadradas no ciclo “Sentidos de Mar”, este dia reserva duas iniciativas do programa de ações do projeto cultural em rede “Territórios com História: o mar, a pesca e as comunidades” e que envolve os municípios de Ílhavo, Murtosa e Peniche.

Às 10h, três “cicerones” vão guiar os participantes numa visita gastronómica ao Museu Marítimo de Ílhavo.

Álvaro Garrido, Consultor do Museu e Professor da Universidade de Coimbra, José Gomes Ribeiro, antigo cozinheiro nos bacalhoeiros, e Patrícia Borges, chef e consultora gastronómica do Festival Gastronomia de Bordo, exploram um tema a que podemos chamar, no mínimo, “apetitoso”: os sentidos e sabores das pescas longínquas do bacalhau.

A outra sessão de “Sentidos de Mar” terá lugar às 15h, com início no Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação, e consta de um passeio de bicicleta que incorpora uma visita aos estaleiros Delmar Conde e Carmonáutica.

Os dois estaleiros representam posicionamentos muito distintos, ancorados nas tecnologias e técnicas do passado para melhor agirem no presente e se prepararem para o futuro.

Às 16h terá lugar a inauguração da rotunda da Avenida dos Bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré, agora remodelada e com a escultura O Dóri”, do artista Miguel Neves Oliveira.

Cerca de 1700 postais, editados ao longo do Século XX e que ilustram a orla costeira nacional, compõem a exposição “O meu país é o que o mar não quer”, de autoria de Paulo Palma, e que será inaugurada às 17h, no Museu Marítimo de Ílhavo.

Envolvido num panorama de imagens difundidas ao longo do século passado, o visitante encontrará um dispositivo ótico que revela uma totalidade espacial e temporal, construída para a possibilidade de múltiplas leituras.

Embora os postais ilustrados sejam o espelho de uma determinada circunstância, o seu conjunto irá permitir perceber o processo de transformação da paisagem pelos agentes naturais, como a água e o vento, a importância da pesca na afirmação identitária nacional e a pressão da ocupação urbanística que acelerou o processo de erosão.

O dia ficará completo com a tertúlia, que sucede à inauguração da exposição, e que se debruça sobre três “Romances da Pesca do Bacalhau”: “Bilhete de Desembarque”, de José Cardoso, “Por entre as brumas de Newfoundland”, de Fernando Teixeira, e “Um Deus desfeito no Mar”, de Carlos Azevedo, são as três obras desta conversa informal que estreita a relação do Mar com a Pesca do Bacalhau.


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