O líder do CDS-PP, Paulo Portas, rejeitou hoje qualquer alteração à lei para permitir casamentos entre homossexuais ou a adopção de crianças por estes casais, mas sublinhou o respeito do partido "pela vida privada" de todos. "O CDS tem nessa matéria uma posição conhecida: em primeiro lugar, o respeito pela vida privada. Mas esse respeito nada tem a ver com a alteração do ordenamento jurídico actual, que prevê o casamento entre pessoas de sexos diferentes e assim deve continuar", respondeu Portas aos jornalistas, no final da apresentação do programa eleitoral dos democratas-cristãos. Sobre a adopção por casais de pessoas do mesmo sexo, o líder democrata-cristão reiterou a mesma posição. Paulo Portas respondeu desta forma ao desafio lançado sábado pelo líder do PSD, Pedro Santana Lopes, para que os responsáveis dos outros partidos clarificassem as suas posições quanto aos casamentos entre homossexuais e a adopção de crianças por estes casais. Na ocasião, Santana Lopes manifestou-se frontalmente contra qualquer uma destas possibilidades. Também o secretário-geral do PS, José Sócrates, já se pronunciou sobre a questão, lembrando que o programa eleitoral do seu partido para os próximos quatro anos não propõe o casamento entre homossexuais nem a adopção de crianças por estes casais. "Acho que o doutor Pedro Santana Lopes, em primeiro lugar, devia estudar um pouco melhor os programas dos outros partidos. No programa do Partido Socialista está tudo claríssimo: nós não propomos o casamento entre homossexuais, nós não propomos a adopção de crianças por casais homossexuais", afirmou José Sócrates, sábado, no final de um comício em Torres Vedras. |