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09-02-2005

Eleições?


Editorial

A campanha eleitoral iniciou-se finalmente no passado domingo. A palavra finalmente significa, neste caso, que estamos perto do fim deste calvário político. São só mais 15 dias. Porquê? Porque a campanha não traz qualquer interesse especial adicional, não excita quase nenhum português e não vai aparentemente mudar nada. Nada disto é novo, tudo é previsível, é pelo menos o que diz o senso comum, o que ouvimos dizer na rua, o que percebemos das conversas de café. O desinteresse é geral e já todos ouvimos os políticos dos dois grandes partidos com manifesto desagrado e enfado. Parece que o Sr Presidente da República se enganou mesmo ao convocar estas eleições, pois nem conseguirá, como pretendia, que a maioria do povo vá sequer votar em massa (se acreditarmos nas mais recentes sondagens).

Mas era bom que houvesse surpresas e que, mesmo desinteressados, os portugueses atirassem uma pedra ao pântano.

É pena e triste. Afinal, a liberdade que o voto individual confere de podermos escolher as melhores soluções para o nosso bem colectivo está comprometida pelo descrédito que os próprios políticos vão cavando diariamente com a ingénua e cúmplice ajuda do PR. Os líderes dos dois grandes partidos apelam ao voto apenas para ganharem o direito a serem PM e não governarem Portugal. Quase nunca falam dos seus programas eleitorais e, quando os citam, apenas desenterram promessas soltas.

Sócrates tem medo de debates (deveriam ser a essência da refrega), só está preocupado em dizer pretender livrar Portugal de Santana, mas apenas por ele querer ser também PM. Fala bem, tem movimentos estudados, quase robotizados, espalha promessas para todos os gostos e aposta numa equipa “dejávue”, cheia de vedetas de segunda escolha do tempo do “pantanoso” Guterres. Mas pior de tudo é que os rapazes não se aguentam, sem chamar “Sebastião Guterres” de novo para os ajudar. Realmente uma confirmação.

Santana, por seu lado, está uma sombra daquilo que o marketing político propalou durante anos como máquina de campanha e daquilo que o vimos fazer prélio eleitoral em que ganhou a capital de Portugal.

O mais que conseguiu produzir, desta vez, foram atoardas sobre sondagens, trocadilhos brejeiros, arranjar ou inventar conflitos com duques, barões, vilões e plebeus do seu partido, decorar números avulsos e falar em mapas elaborados sobre os mesmos números que decorou na véspera. Realmente uma desilusão.

Seriamente nenhum dos dois se dá ao trabalho de explicar o que pensam fazer, mesmo que os seus programas eleitorais indiquem ou prevejam essas mesmas medidas. Parece que os mandaram fazer a terceiros e que ainda não tiveram tempo de os ler. Curiosamente, e retirando toda a justificação ideológica, os programas do PSD e PS até apresentam objectivos quantificados, medidas interessantes, mas impopulares e, pasme-se, até aceitam a disciplina e o rigor orçamental como tarefa essencial ao nosso desenvolvimento.

Pena é que todos tenhamos a sensação que tudo isto são balelas eleitoralistas e sem conteúdo. O mais importante para Santana e Sócrates é continuarem na senda do boato, do insulto e da insinuação, da contagem de quem faz o maior comício ou jantar, de quem tem o maior “rebanho” e lobos maus e, no fundo, lá mesmo no fundo, quem tem o maior ego.

Mas nisto, não estão sozinhos porque os média nacionais apenas se interessam por estas guerras e não, como também é seu dever, em esclarecer o povo dos programas e diferenças eleitorais.

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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