Os vereadores do Partido Socialista questionam o abate de árvores na Praça do Marquês e Parque da Cidade.
A operação junto ao Tribunal surpreendeu os cidadãos e os movimentos cívicos que questionam a urgência da operação.
Esse momento foi depois questionado por quem faz vida profissional naquela área que movimenta o Tribunal, o antigo Governo Civil, Correios e zonas comerciais para além de fazer parte das rotas turísticas.
Os vereadores questionaram as razões do abate e quiseram saber para quando está equacionada uma operação de rearborização nas zonas das árvores abatidas.
Rosa Pinho, bióloga responsável pelo herbário da Universidade de Aveiro, ficou surpreendida com a medida e lembra que as novas espécies não têm a eficácia das que são abatidas.
“Também é mais que sabido e comprovado cientificamente que são as árvores adultas que nos fornecem inúmeros serviços/benefícios e não os ´arbustinhos` que são plantados como medida de compensação, que não compensam nem agora e nem nos próximos 20/30 anos. Nem 100 dos arbustinhos em forma de chupa-chupa (que lindos!), que foram plantados no Bairro da Gulbenkian valem por uma árvore das que foi agora cortada no Parque Infante D. Pedro”.
O PAN considera que o abate “recorrente” deve merecer reflexão.
“Ontem foi o Dia Mundial da Biodiversidade, hoje abatem-se árvores em Aveiro, o que vem sendo recorrente (justifica-se sempre com o argumento doença. As árvores em Aveiro devem estar todas doentes...). Simbolicamente faz-nos lembrar o rali no dia Europeu sem carros. A falta de sensibilidade ambiental do Executivo aveirense é gritante”.
A autarquia justifica a operação com razões de segurança uma vez que as espécies não estariam nas melhores condições. Trabalho sustentado na informação de responsáveis da área e que levará a operações de rearborização não só junto ao tribunal mas também noutros locais.
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