Detectar, o mais precocemente possível, as lesões da tuberculose, que podem ser curadas sem sequelas desde que o bacilo não seja multi-resistente ou não haja outras doenças associadas, é o principal objectivo das unidades móveis, explicou o presidente da ARSC, Fernando Andrade.

As duas unidades, apresentadas na sede da ARSC hoje, quando se assinala o Dia Mundial da Tuberculose, são as primeiras do país com equipamento de radiologia digital do tórax, possibilitando mais qualidade nos exames e mais rapidez no tempo de resposta.

Segundo o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, a imagem é transmitida por via informática para o Centro de Diagnóstico Pneumológico (CDP), onde a técnica de radiologia e os médicos a analisam e podem, de imediato, encaminhar o doente para consulta.

Na Europa a incidência da tuberculose é de 15 casos por cada 100 mil pessoas, valor que sobe para 40 casos em Portugal, um cenário idêntico aos dos restantes países mediterrânicos, adiantou Fernando Andrade.

Na região Centro, os dados relativos a 2003 mostram que o distrito de Aveiro registou a taxa mais elevada, com 217 novos casos, seguindo-se Coimbra (87), Viseu (84), Leiria (70), Castelo Branco (44) e Guarda (25).

As duas novas unidades vão operar em grandes indústrias, escolas, quartéis - locais onde haja grande concentração de pessoas - e sempre que se verificar um foco da doença. Poderão também deslocar- se a outros distritos da região.

Representam um investimento da ordem dos 1,4 milhões de euros, financiado com fundos do programa Saúde XXI e do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).

O rastreio e o tratamento da tuberculose são gratuitos.