Um grupo de estudantes concentrou-se hoje frente à loja da estilista Fátima Lopes em Aveiro, insurgindo-se contra o uso de peles naturais e procurando sensibilizar a população para a defesa dos animais. Com frases como "quem não quer ser lobo não lhe veste a pele", o grupo, formado por cerca de duas dezenas de estudantes universitários, exibiu um casaco e um retalho de pele sintética, destinados a serem entregues à estilista. Segundo uma das promotoras da iniciativa, Raquel Pinho, aqueles objectos "mostram que há alternativas às peles verdadeiras". "Enquanto cidadãos informados, queremos mostrar à renomeada estilista que existem inúmeras alternativas ao uso de pele ou pêlo de animais no vestuário, que são tão visualmente apelativas e bonitas quanto as verdadeiras", observou. Durante a "acção simbólica", o grupo procurou sensibilizar as pessoas que passavam na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, entregando-lhes folhetos que denunciam "as verdadeiras atrocidades que são cometidas contra os animais nas quintas de peles de todo o mundo". Nesses espaços, dizem os mesmos folhetos, os animais "são mortos à paulada, por afogamento, asfixia, quebra do pescoço, e electrocussão anal e vaginal". Já na semana passada, cerca de 20 activistas contra a utilização de peles de animais em vestuário manifestaram-se frente à loja da estilista na Avenida de Roma, em Lisboa, contra as suas recentes declarações a favor do uso de peles de animais nas criações de moda. Questionada por um jornalista de televisão durante um evento, Fátima Lopes afirmou que acha horrível (a morte dos animais), mas que não tem culpa porque não é ela que os mata e acrescentou que compra as peles que utiliza em locais onde todo o processo é sujeito a fiscalização. |