O Recreio Desportivo de Águeda terminou as comemorações do 81.º aniversário com a realização de um jantar convívio e que juntou mais de duas centenas de pessoas.

O futuro do clube, actualmente gerido por uma Comissão Administrativa, foi um dos pontos mais focados pelos diversos oradores.

A FORMAÇÃO É UMA REFERÊNCIA

Depois do repasto e do sorteio das rifas, Hilário Santos iniciou os discursos na qualidade de representante da Comissão Administrativa. E, perante uma plateia bem composta, aquele dirigente deixou alguns recados: “Está na altura de Águeda pensar o que quer do Recreio”, acrescentando que “o clube vive com uma Comissão Administrativa e, por isso, é altura de pensarmos o que queremos para o futuro”.

Depois de comentar todas as acções, levadas a cabo sobre a passagem de mais um aniversário, com destaque para o seminário para a área da formação, Hilário Santos disse sobre esta matéria, que “a formação do clube é uma referência. Como tal, custa-nos muito as críticas que temos ouvido em relação a esta área. Os resultados estão à vista nos mais diversos escalões”.

Ainda com o tema formação como pano de fundo, aquele dirigente enviou mais algumas farpas: “Onde estão os pais enquanto os filhos estão a treinar?

Sem se deter, Hilário Santos afirmaria que “a maior parte dos pais descarregam os filhos e, depois, vão buscá-los no final dos treinos, nunca se preocupando como é a prática desportiva”, concluindo que “com o desinteresse que existe à volta do clube, vai ser muito difícil arranjar direcção”.

Joaquim Albano, presidente da Assembleia-Geral da AFA, por seu turno, referiu que “o Águeda é uma instituição demasiado forte e importante para se poder admitir uma situação menos boa”, fazendo votos que a Comissão Administrativa deve assumir o próximo mandato e continuar o bom trabalho que tem feito.

Nair Barreto, presidente da Câmara Municipal de Águeda, lembrou que o Águeda “é um clube que tem de ser gerido com responsabilidade e todos sabemos que, actualmente, não atravessa uma boa fase desportiva, está a lutar pela manutenção, objectivo que vai conseguir alcançar”.

Na qualidade de presidente da Assembleia-Geral, coube a Abel Lameiro terminar os discursos.

“Ainda bem que vejo a casa cheia, sinal de que o clube tem trabalhado bem”, disse o dirigente, frisando que “a Comissão Administrativa tem feito o que é possível, possibilitando uma relação mais próxima com os sócios e realizando um trabalho excepcional na formação”.