Os acidentes de viação na Região Centro diminuíram significativamente desde Maio de 2004, registando-se menos 32 mortos que em igual período anterior, anunciou hoje a GNR. Ao fazerem o balanço do último ano, responsáveis da Brigada Territorial (BT) 5 da GNR - que abrange os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu - consideraram os resultados positivos, apesar do grande aumento do tráfego durante o Euro2004. "Este ano foi particularmente mais positivo, porque o Euro trouxe milhares e milhares de pessoas, que alugaram milhares e milhares de viaturas que passaram pela Região Centro", frisou o comandante da BT5, Joaquim Reis. No ano anterior - acrescentou - já tinha havido "uma redução substancial", o que o leva a "ter esperança" que em parte isso se deva a uma maior consciencialização dos condutores. O chefe da secção de Operações e Informações da BT5, Loureiro Pinto, disse aos jornalistas que o número de acidentes baixou 4,6 por cento entre Maio de 2004 e Abril de 2005 e o de mortos 15 por cento. O decréscimo verifica-se também no número de feridos graves (menos 16,6 por cento) e ligeiros (menos 5,8 por cento). Na sua opinião, estes resultados devem-se também à "melhoria dos eixos rodoviários e dos meios auto", à "capacidade de intervenção dos meios médicos e paramédicos" e à presença dissuasora de agentes nas estradas. "Também as campanhas que têm sido lançadas têm tido óptimos resultados, contribuindo para melhorar a consciência cívica e para uma condução mais defensiva e atenta", acrescentou. Os casos de criminalidade, na totalidade, também diminuíram (4,1 por cento), sendo que os aumentos aconteceram nos crimes da "vida em sociedade (incêndios e condução sob efeito o feito do álcool)" e "legislação avulsa". Pela primeira vez registou-se um crime contra "a paz e a humanidade", relativo a um caso de segregação racial. Nas infracções detectadas por alcoolémia, 56 por cento foram crime (taxa superior ou igual a 1,20 gramas por litro de sangue) e as restantes resultaram em simples contra-ordenações (taxa inferior ou igual a 1,19 gramas por litro de sangue). "De qualquer maneira, costuma dizer-se que somos um país de brandos costumes e parece que sim", porque dos 37.395 crimes ocorridos "apenas 1,62 por cento (603) se enquadram na criminalidade violenta", sublinhou Loureiro Pinto. Joaquim Reis considera que a diminuição da criminalidade se trata de "uma reacção positiva" à acção da GNR, que tem vindo a ser melhorada com a criação de novos núcleos e reforço de meios humanos e materiais. Exemplificou com a recepção, em breve, de um meio fluvial para patrulhar as lagoas, nomeadamente a barragem da Aguieira, e a abertura de um novo posto em Souselo (Cinfães). |