Numa declaração pública sobre a baixa da água para os maiores agregados familiares, que entrou em vigor a 1 de Junho no município, António Salavessa considerou que "através da medida, Alberto Souto [presidente da Câmara socialista] acaba por reconhecer a razão que assistia à CDU, que propôs, em vários momentos, que fosse tida em conta a situação particular das famílias numerosas".

"Seria caso para afirmar que +mais vale tarde do que nunca+, mas a realidade é que, tendo sido reparada alguma injustiça, muita injustiça ainda fica por corrigir", comentou António Salavessa.

O candidato da CDU nas eleições autárquicas de Outubro exemplificou com uma família de oito pessoas que consuma 50 metros cúbicos de água, reconhecendo que a factura mensal é reduzida de 60,7 euros para 40,06 euros.

No entanto, sublinhou, a mesma família continuará a pagar, na factura dos Serviços Municipalizados, 16,75 euros de saneamento e cerca de 20 euros pela recolha de lixo, "cujos valores continuam escandalosamente indexados à quantidade no consumo da água".

"Se existisse coerência na Câmara Municipal, o mínimo que se poderia exigir, em nome dos interesses das famílias numerosas, é que lhes fossem igualmente reduzidos os valores a pagar a título das taxas e tarifas de saneamento e de resíduos sólidos", concluiu.

O candidato da CDU anunciou também que tenciona propor "mecanismos que tornem mais justa a redução para famílias numerosas agora decidida, para a diferenciar em função dos rendimentos dos agregados familiares".