"Há que ter optimismo, porque é possível triunfar, com ingredientes como os que vimos nestas empresas que reinvestem os lucros, têm uma forte ligação às universidades e sabem inovar, com produtos exportáveis", declarou Jorge Sampaio depois de visitar três empresas de Aveiro, no último dia de uma jornada sobre inovação e competitividade.

O Presidente iniciou hoje a sua deslocação a Aveiro com uma visita à Aleluia, fábrica centenária que se dedica à produção de pavimentos e revestimentos cerâmicos e que hoje recebeu a medalha de ouro da cidade.

Fundada em 1905, é hoje uma unidade industrial tecnologicamente avançada, especializada em pavimentos e revestimentos cerâmicos e peças decorativas e exporta 45 por cento da sua produção para mais de 40 países, incluindo Espanha e Itália.

Da centenária Aleluia, Jorge Sampaio passou para a Oliveira & Irmão, empresa de capitais portugueses e italianos dedicada ao fabrico de autoclismos e mecanismos.

Na Oliveira & Irmão, o Presidente interessou-se particularmente pela "torneira silenciosa", desenvolvida em colaboração com a Universidade de Aveiro e a Universidade de Coimbra, um dos resultados visíveis do investimento da empresa em investigação e desenvolvimento.

Liderada maioritariamente por mulheres, que ocupam a maioria dos cargos de chefia da fábrica, a Oliveira & Irmão tem 17 por cento dos seus quadros com formação superior, recrutados sobretudo nas licenciaturas da Universidade de Aveiro.

Em 2005 deverá facturar 40 milhões de euros e 85 por cento da produção destina-se a mercados externos, estando a preparar investimentos na Rússia para consolidar a presença nos mercados de leste.

Jorge Sampaio regressou depois ao sector cerâmico com uma passagem sobre a Novagrés, que este ano deverá exportar 46 por cento da sua produção.

As jornadas sobre inovação e competitividade terminam hoje à tarde com um debate sobre "Parcerias para a Inovação" na Universidade de Aveiro, em que participam empresários, gestores, técnicos e universitários.