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12-07-2005

Novo programa deverá resultar em investimentos de 4,7ME nas empresas


Economia

O Programa de incentivos à Modernização da Economia (Prime) deverá conduzir a 4,7 milhões de euros de investimento nas empresas, estimulado por 1,5 milhões de euros de financiamento público, disse hoje o gestor do Prime.

De acordo com Nelson Sousa, a inovação e a internacionalização das empresas deverão absorver mais de metade dos recursos.

O gestor, que falava na apresentação das linhas de reformulação do Prime, adiantou que, para relançar o investimento a curto prazo, vai ser desbloqueado um número significativo de projectos e feita a aprovação "a curto prazo" dos que deram entrada.

As mudanças no Prime visam tornar o programa num "instrumento de incentivo ao crescimento e qualificação do investimento nas pequenas e médias empresas (PME), de acordo com o Plano Tecnológico".

"O novo Prime é um programa de acção que tem objectivos simples: realinhar os objectivos com o Plano Tecnológico, reunir meios financeiros para aplicar conforme os objectivos do crescimento baseado na inovação e introduzir mecanismos de simplificação e celeridade", referiu.

Segundo Nelson Sousa, os incentivos do Prime "continuam a ser aplicáveis a todos os sectores, mercados e regiões" mas passam a haver acções específicas, nomeadamente para a exportação para o mercado espanhol, para a modernização do têxtil e calçado, e para o aproveitamento da energia eólica.

O Prime reorientado terá cinco linhas: Inovação, Internacionalização, Eficiência Energética e Formação e Parcerias.

A "Inovação e modernização" beneficiará, entre outros, investimentos turísticos estratégicos e a participação das PME na economia digital, enquanto a "Internacionalização" concederá às PME incentivos financeiros para a exportação, incluindo a abertura de linhas de capital de risco para Espanha.

A "Diversificação e eficiência energética" terá como projectos de eleição o aproveitamento da energia eólica.

A formação profissional vai restabelecer o financiamento das Escolas Tecnológicas em todo o país e a linha de parcerias e actividades de suporte vai apoiar infra-estruturas associativas e iniciativas de micro-economia e projectos de pequena dimensão.

O presidente da Associação Empresarial de Portugal, Ludgero Marques, garantiu que os empresários "estão conscientes das suas responsabilidades perante o país e disponíveis para recuperar a economia", frisando que essa recuperação não terá sucesso se for tentada à margem da indústria tradicional, que tem de ser dimensionada e incentivada com medidas objectivas.


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