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27-07-2005



Rui Rodrigues, que começou a jogar rugby no Moita Rugby Clube da Bairrada, actualmente ao serviço da Académica de Coimbra, registou mais um feito na sua curta carreira de jogador. Fez parte da Selecção Nacional de sub-18, que venceu o Campeonato da Europa — Grupo B — realizado em Lille, França. O atleta bairradino, considerado um dos melhores jogadores portugueses, foi o capitão, distinção que não está ao alcance de todos. “Uma grande recompensa” As suas qualidades são enormes. Dentro do campo, o seu potencial é enorme, capaz de representar escalões mais elevados. Aliás, na próxima época, ainda com idade de júnior (segundo ano), irá fazer parte da equipa sénior da Académica, que milita no escalão máximo, clube que representa, há duas épocas. Rui Rodrigues completou em França doze internacionalizações ao serviço da Selecção Nacional de Rugby. Sem esquecer que é atleta de alta competição, tem o curso de iniciação de árbitro e vai brevemente frequentar o curso de treinadores. Foi titular absoluto da equipa de juniores da Académica, o que lhe valeu mais uma chamada à selecção, logo num Campeonato da Europa Sub-18: “É sempre um motivo de orgulho representar a selecção. Sempre me senti bem e, ao contrário do que se passa nos clubes, onde há sempre rivalidade, na selecção encontro um grupo de amigos, muito unido e imbuído do mesmo espírito”, confessou Rui Rodrigues. Filho de Mário Rui, actual treinador do MRCB, seu grande impulsionador, o atleta bairradino foi o escolhido pelo seleccionador nacional Jaime Rocha, para ser o capitão de equipa no europeu de Sub-18 que decorreu em Lille, França. Questionado o que representou para si ter sido campeão da Europa, Rui Rodrigues disse: “Foi o corolário de muitas coisas perdidas, de estar com os amigos, família. Tratou-se de uma grande recompensa. Ser campeão poderá abrir-me outras perspectivas, como ser convocado para os sub-19, para o Torneio das IV Nações e para o Campeonato do Mundo sub-19. Se não fosse campeão nada disto teria”. Rui Rodrigues foi o capitão de equipa. Concorda que foi o seu momento mais alto? “Foi e orgulhava-me de para o ano ser outra vez, dado que o IV Nações é em Portugal. Foi uma responsabilidade acrescida. Quando recebi a notícia no estágio por intermédio de Jaime Rocha fiquei nervoso, naquilo que havia de fazer, mas os meus colegas ajudaram, todos aceitaram aquilo que lhes dizia, foi fácil. E como sou disciplinado dentro do campo, mais fácil ainda se tornou”. E o melhor jogador português? Rui Rodrigues ficou um pouco embaraçado, mas disse que “nunca fui premiado, por isso não posso afirmar se sou o melhor. Se dizem isso, fico feliz, mais vindo da comunicação social. Sou um dos mais importantes? agora de ser o melhor”. “Tenho legitimidade para pensar assim” Para a próxima época, o atleta bairradino diz que vai lutar pela titularidade na equipa principal da Académica. Espera vencer o torneio das IV Nações e disputar o Campeonato do Mundo Sub-19 e o Europeu Sub-20. Indagámos se não era muita fruta, Rui Rodrigues discordou: “Não sei se é. Não serei o único a conseguir isso. Noutras épocas, outros atletas conseguiram-no, e, como sempre fui a escalões mais altos, tenho legitimidade para pensar assim”. O atleta reconhece que é uma base para o profissionalismo: “Acredito que sim. Caso consiga fazer todo o percurso que enumerei, tenho grandes possibilidades de lá chegar”. No rodapé da entrevista, Rui Rodrigues deixou vários agradecimentos: “Gostaria de agradecer à minha família todo o apoio que me tem dado, sobretudo monetário para as deslocações. Aos meus amigos da Escola Secundária de Anadia, que como faltava muitas vezes, me davam os apontamentos, aos meus treinadores, principalmente ao João Branquinho e Jaime Rocha, e por último à direcção do MRCB, por me deixarem usar a sala de musculação e nem só”. Manuel Zappa

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