Na última sexta-feira, dia 9 de Dezembro, completou um ano da passagem da vila de Anadia à categoria de cidade. Sem pompa nem circunstância, as comemorações - apenas com alguns foguetes - passaram despercebidas da maioria da população.

A JB o edil reconheceu que, a Câmara Municipal não tinha motivos para fazer um grande programa comemorativo da data, até porque, como referiu, “se, por um lado, se aproxima uma data muito festiva” (quadra natalícia), por outro, “o que me interessava mais não se concretizou ainda, ou seja, concluir as obras (Cine-Teatro, Biblioteca Municipal, Mercado Municipal, Parque Desportivo e Pavilhão Municipal) que realmente vão dar qualidade de vida à vida dos anadienses e elevar, na realidade, Anadia ao estatuto de cidade”.

Para Litério Marques a conclusão destas obras será, sim, motivo de celebração e festejos e como explicou a JB, “essas obras, sim, depois de concluídas e colocadas à disposição da população serão motivo de orgulho, regozijo e comemorações.”

Assim, a autarquia optou por assinalar o dia com alguns foguetes que chamaram a atenção da população para o dia 9 de Dezembro, dia em que foi apresentado na Assembleia da República, pelo deputado anadiense José Manuel Ribeiro (actual presidente da Assembleia Municipal de Anadia) o Projecto de Lei, que acabaria por ser aprovado.

A JB o edil anadiense referiu ainda que “não é num ano que se pode fazer um balanço das consequências positivas ou negativas da elevação de Anadia à categoria de cidade, como área territorial”.

Mesmo assim, reconhece que a forma de estar dos anadienses tem sofrido alguma mudança: “penso que na forma de ser e de pensar os anadienses mudaram. Atrevo-me a dizer que se criou auto-estima e noto isso nas reivindicações apresentadas à Câmara Municipal que são feitas de uma forma muito mais exigente”.

Assim, ao contrário do que aconteceu em 2004, a data ou o seu simbolismo pouco ou nada disse aos anadienses.

Pelo contrário, naquela noite gélida, do dia 9 de Dezembro de 2004, a massa humana saiu à rua para celebrar a elevação, na Praça Visconde de Seabra, junto ao Tribunal. Nesse dia assistiu-se a uma noite de festa, que se prolongou pela noite dentro, pois a autarquia montou um palco que serviu à actuação de várias associações e colectividades do concelho. Para animar a festa não faltaram, na altura, um barril de vinho tinto e porco assado no espeto.

Catarina Cerca