O seleccionador português, Agostinho Oliveira, cumpriu a promessa deixada na segunda-feira e promoveu a estreia absoluta de do guarda-redes Daniel Fernandes e do lateral Nelson, bem como "apadrinhou" os baptismos nos Sub-21 de José Fonte, José Gonçalves e Ricardo Vaz Tê.

Sendo este o derradeiro teste de aferição para a fase final do Europeu, que vai decorrer em Portugal entre 23 de Maio e 04 de Junho, ainda por cima frente à selecção detentora do troféu, a Itália, Agostinho Oliveira aproveitou a ocasião para tirar dúvidas e confirmar certezas.

Já o seleccionador da Itália, Cláudio Gentile, apresentou um "onze" com poucas alterações em relação ao que tem utilizado na preparação para o Europeu, apostando em dar consistência ao jogo da sua equipa.

A partida começou praticamente com uma oportunidade de golo desperdiçada aos 06 minutos por Hugo Almeida, com um remate por cima da baliza do guarda-redes Gianluca Curci, na sequência de um cruzamento de Filipe Oliveira.

Dois minutos antes tinha sido a selecção italiana a chegar à baliza do estreante guarda-redes Daniel Fernandes, mas o cabeceamento de Giampaolo Pazzini, a centro de Marino Defendi, saiu ao lado do poste.

A selecção italiana foi obrigada a operar uma substituição aos 14 minutos, fazendo entrar Raffaele Palladino para o lugar do "capitão" Marco Donadel, que deixou o rectângulo de jogo com queixas no ombro esquerdo.

Hugo Almeida, aos 19 minutos, interceptou um passe em posição frontal à baliza italiana e, com um pontapé forte, procurou surpreender o guarda-redes Gianluca Curci, mas o remate saiu por cima da barra.

Vaz Tê, com um remate de longe e uma jogada individual, aos 23 e 24 minutos, e José Gonçalves, com um cruzamento sacudido com uma palmada pelo guarda-redes italiano, aos 25, animaram um jogo que caía numa toada morna.

A selecção lusa pressionava a italiana, amarrada na sua intermediária e com os espaços para a baliza de Daniel Fernandes tapados, e aos 29 minutos Semedo cabeceou para defesa de Curci, na sequência de um canto de Raúl Meireles.

Aos 31 minutos, Vaz Tê voltou a fazer a bola passar ao lado da baliza transalpina, aos 40, Raul Meireles rematou forte para defesa de Curci e, ainda antes do intervalo, o italiano Raffael Palladino também tentou o golo.

Agostinho Oliveira operou três alterações para a segunda parte, fazendo entrar Diogo Valente, Ivanildo e Varela, por troca com Filipe Oliveira, Ricardo Vaz Tê e Manuel Fernandes, enquanto Pasquale Foggia rendia Alessandro Rosina na Itália.

A Itália entrou melhor na segunda parte, abriu mais o jogo e em apenas cinco minutos criou duas situações de perigo para a baliza de Daniel Fernandes, primeiro por Raffaele Palladino, aos 51, e depois por Giampaolo Pazzino, aos 55.

O encontro decaiu em qualidade na segunda parte, muito por culpa das várias alterações operadas, que tiraram consistência ao jogo, e a selecção italiana começou a chegar à área portuguesa com mais frequência.

Gianpaolo Pazzini, aos 72 minutos, provocou alguns calafrios junto à baliza de Daniel Fernandes e, aos 74, Hugo Almeida e Varela desperdiçaram uma ocasião de perigo na área transalpina.

Ivanildo, aos 80 minutos, rematou ao lado do poste esquerdo da baliza de Gianluca Curci, mas este seria o cântico de cisne da formação lusa, que nos minutos finais assistiu ao ascendente da equipa italiana.

Aos 89 minutos, Giampaolo Pazzini não conseguiu emendar com êxito um cruzamento de Andrea Mantovani, até que a Itália chegou friamente ao golo, já em período de descontos e com Bruno Vale na baliza.

O tento italiano foi apontado por Raffaele Palladino, aos 91 minutos, com um remate em arco a "fugir" do guarda-redes Bruno Vale, após uma boa rotação a tirar do caminho Nuno Morais e José Fonte.

O encontro serviu ainda para testar a capacidade organizativa dos responsáveis do Estádio Municipal de Águeda, que vai receber, em Maio, os jogos Ucrânia-Holanda, Itália-Ucrânia e Dinamarca-Ucrânia da fase final do Europeu.