O cemitério paroquial tem sido alvo de vários actos de vandalismo. Infelizmente, é uma constante. Como se não bastassem outros atentados à dignidade do espaço santo, incluindo os vidros da casa de arrumação da autarquia feitos estilhaços, foram imensos os estragos causados na noite de sexta-feira para sábado, ou já na véspera. Quem por devoção visitou o cemitério na sexta-feira, pôde verificar o estendal de vasos, velas e floreiras partidas ao longo do passeio central. Mas quem o visitou no dia seguinte, sábado, o espanto ainda foi maior. Campas retiradas do sítio, dizem-nos que algumas partidas, pedras/letreiros, de boa espessura, feitas destroços no passeio, uma preocupante sementeira de vidros e flores, que ainda poderia ser considerada obra do vento, mas pela dimensão dos estragos e fúria patenteada só pode ser obra de meliantes, sem princípios e sem escrúpulos que, pela calada da noite, são capazes de saltar o muro e entrar para fazer patifarias deste calibre. Pelo volume de estragos e força necessária, será de concluir que não seria um nem dois apenas, mas muito mais. O estendal de estragos teve início no cemitério velho e só acabou com o derrube de pesado anjo no cemitério novo, mesmo no fim, anjo que ficou de asas quebradas, tombado sobre a parede divisória de duas sepulturas, situadas nas suas costas. Por pouco, não ia parar ao covato. Chamado ao local, o presidente da junta, Dinis dos Reis Bartolomeu, que andou depois a dar uma mão no recompor de algumas situações, mostrou-se indignado, chamou a GNR, pedindo-lhe para incluir nos trabalhos da patrulhamento o cemitério de Oiã, não só durante o dia, mas sobretudo de noite, também as imediações da Escola C+S. “É uma tristeza, eles partiram tudo”, expressou-se o autarca a propósito dos actos de vandalismo e dos vidros partidos na casa de arrumação e mostra-se convicto de que isto “já não é obra de garotos”, mas, se grandes, bem garotos serão no seu procedimento. |