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06-09-2006

A equipa está preparada


OBSC - António Flávio e o início de época

O Oliveira do Bairro dá o pontapé de saída para a nova época, no próximo domingo, na recepção ao Operário dos Açores. Com poucos reforços e com a estrutura da época passada, algumas dúvidas assolam a nau bairradina, nomeadamente a falta de um ponta-de-lança, a permanência ou não de Fernandez e Buba e a grave lesão de Rui Pataco.

No entanto, António Flávio está confiante numa boa resposta dos jogadores, porque até já tem noventa por cento da equipa base definida.

Fisicamente sólidos

Na pré-época, o Oliveira do Bairro realizou nove jogos, tendo obtido quatro vitórias (Tocha, Gândara, S. João Ver e Mourisquense), dois empates (Varzim e Anadia) e três derrotas (Feirense, Gafanha e Beira-Mar), tendo marcado 13 golos e sofrido 8.

As experiências já acabaram, embora antes do início do campeonato a equipa jogue em Oiã, esta quinta-feira, na afinação da estratégia para o jogo com o Operário.

António Flávio é um treinador confiante, num regresso que toda a família bairradina espera seja coroado de sucesso.

-Que balanço faz da pré-época?

-É positivo. Neste período fomos crescendo, construímos uma equipa, e neste momento, além de estarmos totalmente identificados com a capacidade e características dos jogadores, já temos noventa por cento das opções definidas em relação à equipa base.

Construímos também um espírito forte de equipa, que já é apanágio deste grupo de trabalho. Esperamos e desejamos que tenha sido reforçado com uma base sólida para enfrentar a época que se avizinha.

-A equipa está preparada?

-Espero bem que sim, agora sabemos que os campeonatos se constroem com resultados e esse futuro não podemos prever, embora tenha a certeza que vamos lutar, em cada jogo, pela vitória.

Fisicamente a equipa está muito sólida, capaz de dar uma resposta positiva durante a competição.

-Em alguns jogos notou-se a equipa presa de movimentos, sobretudo a meio campo?

-É normal. Durante a pré-época houve uma fase preparatória, onde as cargas que foram ministradas aos jogadores foram inibidoras para a competição. Nesta altura, a equipa está devidamente preparada para os 90 minutos e dar uma boa resposta.

-A questão do ponta-de-lança?

-Tenho dois bons ponta-de-lança. O Luís Barreto, se estiver bem física e psicologicamente, é muito difícil de travar e tenho a certeza que, este ano, irá fazer um campeonato muito bom e poderá ser o ponta-de-lança que nós precisamos.

Como alternativa tenho o Tojó. Está numa fase de crescimento e afirmação como jogador. São dois jogadores nos quais confio plenamente.

Agora, se me perguntar se o clube tem hipóteses de ir buscar mais um jogador para essa posição, aí pretendo um avançado com características diferentes, com grande porte atlético, dotado tecnicamente e muito bom de cabeça.

-E o Buba?

-Não sabemos o que podemos esperar dele. Foi ao Mali buscar a sua documentação para a sua inscrição e poderá ser o jogador que ajudará a colmatar essa lacuna.

Todavia, há problemas burocráticos a resolver e o clube não sabe se será capaz de os ultrapassar. Só com apoio do Beira-Mar, clube onde está ligado contratualmente.

-Causou alguma surpresa a dispensa de Roberto Carlos?

-Não foi dispensado por falta de valor como futebolista ou humano, mas sim uma opção de equilíbrio de sectores. A partir do momento em que a Série C passou de 16 para 14 clubes, a direcção exigiu-me que diminuísse os elementos do plantel. Não havia necessidade de um grupo tão grande para um campeonato tão pequeno.

Foi também dispensado o Horácio, que não reunia as condições que esperávamos dele, e o Fernandez que, se não resolver o problema da sua inscrição com o seu anterior clube (Pasteleira), também não fica.

-O Rui Pataco é outro caso. O jogador, no decorrer da pré-época, acusou um problema no menisco com rotura do ligamento cruzado anterior?

-Lamentavelmente tem uma lesão muito grave, uma lesão para seis meses. Estamos todos tristes, era uma mais-valia e só espero que seja rapidamente operado e que recupere depressa, afim de nos ajudar nesta época.

Teremos que rever a nossa estrutura. O Denys, jogador de origem ucraniana, espera que os seus documentos cheguem em Outubro e talvez aí possa ser inscrito.

Manuel Zappa


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