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13-10-2006

Primeiro aniversário em alta


Liga dos Combatentes - Oliveira do Bairro

O núcleo da Liga dos Combatentes de Oliveira do Bairro festejou em alta o primeiro aniversário da sua criação. Homenageou, com a presença do tenente-general, Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga, o sargento António Manuel Pires Baptista, os mortos da Grande Guerra e viu engrossar o número de sócios..

Sargento Batista homenageado

O acto que mais de perto tocou os presentes foi, sem dúvida, a homenagem ao sargento António Manuel Pires Batista, que se consubstanciou no descerramento de uma placa no Monumento aos Combatentes pelos pais, Avelino dos Santos Baptista de Maria Clara Pires e a deposição de um ramo de flores em memória dos combatentes.

Natural de Oliveira do Bairro, António Manuel Pires Batista, faleceu, no dia 15 de Maio de 1998, ao serviço da Pátria, aos 33 anos, na Guiné.

Da Arma de Transmissões, encontrava-se naquele país, no âmbito dos acordos de cooperação, no trabalho de montagem de transmissores para serviço do exército guineense. Quando regressava do trabalho, sofreu um acidente. Despistou-se e acabaria por acontecer o pior. Um dos transmissores tombou-lhe em cima, provocando-lhe a morte. E destino dos destinos. Era de Oliveira do Bairro o médico que emitiu a certidão de óbito.

Estudou em Oliveira do Bairro, casou em Lisboa, e encontrava-se matriculado em engenharia, mas a vida atraiçoou-o.

O núcleo da Liga dos Combatentes de Oliveira do Bairro cumpriu assim um dos seus objectivos: perpetuar o nome de quem morreu ao serviço da Pátria e para que conste como uma referência e orgulho da sociedade, havia de lembrar o presidente do núcleo, Victor Pinto, enquanto o tenente-general, Joaquim Chito Rodrigues haveria de afirmar que o significado do monumento fora, com o descerramento da placa, “mais justamente alargado”.

“Faz bem à alma”

As cerimónias da comemoração do 1º aniversário do núcleo incluíram ainda a homenagem aos mortos do concelho de Oliveira do Bairro cujos nomes se encontram inscritos no Monumento erguido em sua honra, no início do ano de 1926, graças a uma subscrição pública, os quais também foram lembrados, juntamente com o nome do sargento Batista, falecido na Guiné-Bissau, durante a celebração da missa pelo capelão militar, padre Benjamim Sousa e Silva, que evocou “os nossos heróis”.

Esta acção decorreu obviamente junto do Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Praça da República, onde na sua base, foi colocado um ramo de flores com a presença de uma força do Regimento de Engenharia de Espinho que prestou as honras militares, ouvindo-se também a voz lancinante do clarim e o rufar dos tambores.

O padre capelão da Zona Norte fez uma pequena intervenção - “uma palavra muito simples”, que serviu para evocar os que, um dia, deram a vida pela Pátria de quem, pelos feitos cometidos, todos se deverão orgulhar. É que hoje, lembrou, os militares são mobilizados para missões para reposição da justiça e da paz em países da Europa ou fora da Europa. Em resumo: “é bom sentirmos que fazemos parte de um povo que esteve em muitas partes”. Esteve e está, hoje de um modo diferente em missões de justiça e paz.

Referindo-se ao armistício, disse: “que hoje os homens também se entendam, que se consigam sentar á mesa para fazer a paz”.

Quanto às cerimónias, fazê-las, “faz bem à alma, ao nosso brio, ao orgulho nacional”, rematou, em conclusão.

Talhão

O programa incluiu a visita ao Talhão dos Combatentes, Cemitério de S. Sebastião, e a assinatura de um protocolo entre a câmara de Oliveira do Bairro e a Liga dos Combatentes, acto que ocorreu durante o jantar na sede do núcleo, presidido pelo tenente-general, Joaquim Chito Rodrigues.

Marcaram presença em todos os actos o presidente e vice-presidente da câmara, Mário João Oliveira e Joaquim Santos.

“Penso que estamos mais honrados” , afirmou Victor Pinto, a propósito da cedência deste talhão por parte da câmara - processo iniciado no tempo de Acílio Gala, e encerrado agora, com o seu arranjo e a assinatura do protocolo, em que é definida a cedência, a título gratuito e perpétuo, de quatro campas, ao núcleo da Liga de Oliveira do Bairro, destinadas a combatentes carenciados, residentes no concelho, ou que ali desejem repousar.

Em contrapartida, o núcleo obriga-se a fazer o seu asseio e limpeza.

“É o mínimo que a câmara pode fazer”, disse Mário João Oliveira que deixou um desejo: “que aquele espaço não seja alargado e só longinquamente seja ocupado”.

“O espírito de Portugal”

Momentos altos do jantar-convívio que teve lugar no Abrigo, que esteve cheio, foram a imposição de crachás aos novos sócios da Liga, em número de 22 (jovens, senhoras, combatentes), o que veio aumentar para 72 o número total e o discurso apaixonado do presidente da Liga que se confessou satisfeito, não só pelo significado das cerimónias em si, mas também pela vida e crescimento do núcleo, e a fundação da Liga Jovem, lembrando que “há um ano este núcleo era zero” e hoje eram 72, a juntarem-se a mais de um milhão de sócios em todo o país.

Com 83 anos, a Liga não é uma instituição velhinha, mas do século XXI, que preserva o espírito de Portugal”, e tem todas as condições para “ ser perene”.

“Nós e vós somos os responsáveis pela passagem do testemunho”, acrescentou, já que a criação da Liga Jovem é também disso garante.

Aliás, foram elementos da Liga Jovem, concretamente do núcleo de Oliveira do Bairro (Diana Albuquerque, Sara Duarte e Maria Rato), alunas da EB2.3 Acácio Azevedo, que representaram Portugal e a Liga nas comemorações do 90º aniversário da batalha de Verdun, França, (9 de Junho), as quais entregaram, durante o convívio, ao tenente-general, Joaquim Chito Rodrigues, o historial da viagem e o testemunho da participação, onde, de resto, a comitiva teve uma recepção de cinco estrelas... Por sua vez, Mário João Oliveira que esteve presente “pelo significado do evento”, falou da razão, do valor e do sentimento que envolveram todos os actos celebratórios, reportando-os à história de Portugal de que todos nós nos devemos orgulhar, preservando e enaltecendo os seus valores e referências.

Armor Pires Mota


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