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25-01-2024

Aveiro: "Porta a Porta" promove concentrações pelo direito à habitação.



O movimento “Porta a Porta” agendou para este sábado ações populares em defesa do direito à habitação.

Aveiro, Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Lagos e Sines estão entre os locais de concentração que promete voz pelo direito a “Casa para Viver”.

No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril o movimento pede uma ação mais determinada ao próximo Governo e às autarquias para soluções mais imediatas.

João Canas, uma das vozes deste movimento em Aveiro, diz que falta coordenação e capacidade de executar políticas para uma resposta mais célere.

E lembra que há medidas que continuam a aquecer o mercado e que não foram revogadas.

Referência à captação de investimento estrangeiro e também às medidas restritivas para o alojamento local que, segundo um estudo, levou ao aumento com abertura de dois espaços por cada um dos que encerraram (com áudio)

“Quem vive e trabalha no nosso país, não se resigna, mesmo neste período conturbado e complexo da vida política nacional, sai à rua para exigir soluções. Soluções de facto, não o que tem existido até aqui que não mexe no essencial e perpetua o que nos trouxe até esta situação. Soluções que se querem imediatas e de compromisso”, referem os promotores.

Abril inspira a iniciativa e as cidades são desafiadas a sair à rua para exigir a tomada de medidas.

“Nos 50 anos do 25 de Abril é fundamental afirmar, nas ruas, coletivamente, que Abril exige de Casa para Viver. E é no quadro dos valores de Abril e da Constituição da República Portuguesa que esta manifestação se desenvolve, e será neste caminho que as ações populares continuarão além das ações deste sábado”.

No caso de Aveiro, a luta ganhou visibilidade nos últimos anos pela escalada de preços no arrendamento e na aquisição com queixas sobre a prevalência do turismo e das unidades de alojamento (AL e hotelaria) em detrimento da habitação.

A deslocalização de residentes, o encerramento de negócios e a crescente influência do setor imobiliário fizeram disparar os alarmes em defesa de estratégias para o setor da habitação.

Entraram em cena as estratégias locais de habitação e o fomento de construção a custos controlados mas sem que o arrefecimento do mercado se faça notar de forma imediata.

Nos últimos dias foi o encerramento do icónico bar Mercado Negro, junto ao Canal Central, a desencadear mais um sinal de preocupação pela transformação de áreas típicas em zonas de alojamento para o turismo.

A concentração em Aveiro decorre no sábado, às 10h30, no Largo do Mercado Manuel Firmino (Junto à ponte dos Laços).


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