No passado dia 17 de Fevereiro, cumpriram-se 56 anos do lançamento da primeira edição do nosso jornal. Uma edição, em que se estabeleceram as suas grandes linhas de orientação e se definiu a sua missão: “O Jornal da Bairrada é um semanário de informação pública geral, estruturalmente independente e politicamente apartidário, mas com carácter predominantemente regionalista, cuja principal missão é pugnar pelos legítimos e verdadeiros interesses nacionais e da sua Região.”

Comemoramos mais um aniversário. Estamos, pois, mais maduros, mais velhos e experientes, mas firmes em cumprir os propósitos dos fundadores do JB. Este projecto foi um desígnio de bairradinos empreendedores em prol da sua Terra, mas também um projecto empresarial que tem tido grande sucesso.

Foi este espírito inovador e de risco, que fez deste projecto jornalístico e empresarial o maior semanario do Distrito.

JB cresceu e sustentou-se como projecto alicerçado na fidelização do seu mais seguro activo: os seus assinantes e os seus leitores. Eles são o que temos de mais importante e para quem vão os nossos esforços diários.

A Região da Bairrada, por seu turno, contou sempre com o apoio do JB nas suas maiores de decisivas lutas, como por exemplo na batalha ganha da Região Demarcada.

Foi esta cumplicidade que deu ao JB a importância que ele hoje tem na nossa terra. Uma cumplicidade com os seus leitores e a defesa da região e dos valores bairradinos acima de tudo.

Mas devemos lembrar, nestes dias de festa, quem começou, quem passou as horas difíceis, quem inovou, quem porfiou e deu a cara por este projecto.

Primeiro e naturalmente relembrar os fundadores Manual Granjeia (meu pai e o único ainda vivo), Aulácio de Almeida, Manuel Silvestre, Caetano da Rosa, Manuel Sousa, Manuel dos Santos Vieira, Manuel Santos Pereira, António Grangeia Novo, Modesto Santos Pereira e Joaquim Grangeia Seabra.

Depois os chefes de redacção Manuel Filipe e Armor Mota. O primeiro que “aguentou” os piores anos do JB, o segundo que participou no impulso de modernização actual, no arranque definitivo para o grande JB que hoje todos temos o orgulho de ser e fazer.

Ambos, no entanto, deram a chama, a alma, o tempo da família, as horas de lazer mas sobretudo o seu empenho e dedicação a um projecto útil e hoje determinante para a Bairrada.

Depois todos os administradores desta epopeia e que hoje relembro Manuel Granjeia, Américo Teixeira, Manuel Silvestre, Carlos Nunes, Carlos Grangeia, António Chambell e Vítor Rosa. Todos tiveram importância nas alturas em que detiveram os comandos desta empresa e a todos o JB deve muito.

Hoje, outros ventos se levantam e os novos admnistradores herdam com gosto as ideias dos seus predecessores.

Mas o JB não era nada sem os seus correspondentes. Amigos dedicados e leias, cujos escritos semanais empolgam toda a Bairrada, eles são o esteio fundamental do nosso Jornal. Sentem a terra, o povo, as novas ideias, prevêem os problemas e são os cronistas do dia-a-dia da Bairrada. É impossível nomeá-los a todos e por isso opto por não referir nome algum. Os seus nomes vêm todas as semanas nas páginas do JB.

António Granjeia*
*Director do Jornal da Bairrada