1. O Governo Português aparenta estar a conseguir levar a bom porto as negociações no seio da comunidade europeia por causa do chamado tratado de Lisboa. A descrição negocial, a cautela em não levantar problemas laterais e o profissionalismo dos funcionários parecem vir poder dar bons frutos. A ver vamos. Ficará para depois o problema da validação do tratado em cada país. Parece bem.

2. A polémica levantada pela actuação policial na prevenção do comportamento de manifestantes contra o PM na Covilhã não terminou com o arquivamento do processo de averiguações. Efectivamente, até pareceu que nem inquérito fizeram, tal a velocidade anormal deste inquérito, acostumados que estamos à demora de qualquer investigação.

Claro que se percebe o incómodo do governo em ter esta nova espécie de prevenção de manifestações auto comandadas e a necessidade evidente de abafar o caso. Mas, para bem do nosso bem-estar e da democracia, não devemos esquecer este incidentem relatando todos os casos semelhantes que conheçamos. O pior não é a situação concreta deste abuso é o precedente que abre para uma futura maneira policial de actuar, orientada pelos governantes.

3. Por fim o PIDDAC para 2008. Este verdadeiro indicador de obras que podem resolver os problemas às populações locais baixa em 27% relativamente a 2007. Este cenário é desastroso para o distrito de Aveiro, em que o PIDDAC sofre um corte de mais de 50%, relativamente ao ano passado.

Aveiro passa assim de 5º distrito com mais verbas para 8º. Este ano, o distrito verá parar as obras públicas com a excepção da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro onde, inexplicavelmente, não contemplaram a Plataforma inter-modal de Cacia. Ao nível da Saúde, o desinvestimento é vergonhoso e mais uma vez se é adiado o hospital de Oliveira do Bairro. Bem pode o governo clamar que vai investir no sector público, mas não é no nosso distrito. Pode ser, mais uma vez, em obras grandiosas, mas que provavelmente nada resolvem ao nível das necessidades das populações locais.