, quando disse que ainda não abria em 2007». Pesaroso, o desabafo é de Rui Cruz, presidente da Câmara de Vagos, a propósito da nova unidade de saúde. Concluída no primeiro trimestre de 2006, a abertura da referida infra-estrutura, onde está prevista a inclusão de um serviço de atendimento médico prolongado (SAMP), tem vindo a ser adiada. Alegadamente, tanto quanto apurámos, por culpa das orientações políticas para o sector, decretadas pelo ministério de Correia de Campos.
Reforçando a ideia de que «alguém» se terá esquecido de cabimentar verbas no PIDDAC para equipamentos e instalação, o autarca vaguense confirmou que «se tornava evidente» que sem cabimentação não poderia haver investimento. O que, de facto, viria a acontecer.
Para 2008, o PIDDAC já tem inscrito uma verba de 123 mil euros, pelo que se acredita que o novo Centro de Saúde de Vagos possa ser, finalmente, inaugurado no início do próximo ano.
Essa é, também, a convicção de Rui Cruz, que, desde sempre, enjeitou responsabilidades pela não abertura daquela unidade de saúde, alegando que a Câmara de Vagos «apenas cumpriu o que estava estipulado», no contrato-programa assinado com a Administração Regional de Saúde. O que, na prática, implicava a compra de terrenos.
Face aos sucessivos atrasos, o presidente da Câmara de Vagos acusou, na altura, aquele organismo de não ter observado «como devia» todos os pormenores relativos ao projecto. «Terá acautelado a construção mas não a sua instalação, nomeadamente no que aos recursos humanos e equipamentos diz respeito», admitiu Rui Cruz.
Recorde-se que um dos problemas dizia respeito ao fornecimento de energia eléctrica, que a Câmara se prontificou a resolver, junto da EDP. Mas até aí o processo «encalhou», em virtude da ficha electrónica ter demorado oito meses a chegar aos serviços camarários.
O posto de transformação (PT) para fornecimento de potência até 160 kwa acabou por ser construído, mas seria a autarquia vaguense a suportar na íntegra o seu custo, 15 mil euros. Deverá ser ligado esta semana. «Agora é com a EDP e a sub-região de Saúde», diz Rui Cruz.