"A Carta Educativa de Anadia está limpa no seu conteúdo e na sua organização". A afirmação é de Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia, justificando a recente polémica levantada na última Assembleia Municipal que dá conta de que a Carta tinha sido alterada, ilegalmente, depois de ter sido homologada, em 7 de Fevereiro de 2008, pelo ministério da Educação.

Litério Marques esclareceu que a Carta Educativa sofreu alterações que foram solicitadas pela própria Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), nomeadamente a alteração do número de salas, já que o número de Centros Escolares se mantém. "Foram eles que pediram para fazer as alterações e houve um cuidado extremo dos serviços para não pôr o pé na argola", garantiu o autarca.

Alterações. Para dissipar qualquer dúvida que exista, Litério Marques mostrou o ofício da DREC em que este organismo dá a conhecer que "as alterações, por nós solicitadas, às propostas dos Centros Escolares não obrigam a novo ciclo de reuniões com o conselho Municipal de Educação, Executivo Municipal e Assembleia Municipal. O número de Centros Escolares mantém-se, assim como a sua localização. Apenas o número de salas de aula do 1º ciclo e de salas de actividades do pré-escolar terá de se adequar às necessidades da área de influência de cada Centro escolar e estar de acordo com os critérios de programação em vigor".

"Com tantas polémicas, até parece que o presidente é um criminoso", sublinhou Litério Marques não quis comentar o facto de José Manuel Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal de Anadia, ter enviado o dossiê "Carta Educativa" para a Direcção Geral das Autarquias Locais.

"Apenas posso dizer que as instituições devem funcionar com ética e dignidade. Não estou a colocar em causa os órgãos nem as pessoas. Nem quero comentar a posição do presidente da Assembleia. Não acho que actuou bem, nem mal", acrescentou o edil, afirmando que "parece que ainda há gente que tem dúvidas".

Centro Escolar.O autarca de Anadia revelou ainda que, na quinta-feira, foram abertas as propostas (13) para a construção do primeiro Centro Escolar de Anadia, que custará 2.750 milhões de euros.

Pedro Fontes da Costa

pedro@jb.pt