O Parque Empresarial do Fontão (Sosa) continua "apetecível" para as empresas espanholas, com componente tecnológica muito avançada e impacto ambiental "quase zero". O que obriga a autarquia vaguense a avançar, com o Plano de Pormenor do primeiro lote de terreno (Parcela A) do referido espaço, numa altura em que a "Plafesa" se propõe a terraplanar, até final do corrente ano, os cerca de 10 hectares que entretanto já adquiriu.

A decisão foi tomada na última reunião camarária, com o processo a avançar sem prejuízo da execução do Plano da Zona Industrial do Fontão, em curso, para a totalidade daquela área. E decorre, segundo o Executivo de Rui Cruz, da necessidade de "efectuar e tornar operativo um instrumento de gestão territorial", para uma área com cerca de 18 hectares.

Ajustado à dinâmica industrial, a execução do Plano abre portas à fixação de indústrias e estabelecimentos de apoio à actividade produtiva, proporcionando condições únicas para a implementação de um Parque Tecnológico. Paralelamente, promove a alteração do uso de solo, de acordo com as necessidades da proposta, definindo todos os indicadores urbanísticos, como zonas de arruamentos e espaços públicos, equipamentos e serviços, espaços arborizados de protecção, e áreas de lote.

Parcela A recebe três projectos industriais. De referir que a Parcela A vai receber três projectos industriais, de grande envergadura. O maior, que ocupa uma área de 10 hectares, será tutelado pelos espanhóis da Plafesa - Planos Férricos Portugal, Lda, com sede em Getafe, Madrid, que domina o mercado do aço na Península Ibérica.

Com possibilidade de empregar, no imediato, 70 pessoas, foi a primeira a outorgar a escritura com a "Mais Vagos", sociedade gestora de parques empresariais, e tem aprovado a sua candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Pretende instalar uma unidade de corte , e expandir, a partir de Vagos, o mercado "para outras partidas do mundo, incluindo a Europa".

O projecto encontra-se, de momento, em análise na Comissão de Avaliação e Acompanhamento de Projectos de Interesse Nacional (CAA-PIN), onde também está o projecto "Costa do Sal" Resort, desenvolvido pela autarquia de Vagos, em parceria com a empresa Promodois, entidade privada que integra o Grupo Estia Development (Martifer).

Para além da Plafesa, duas outras empresas, uma das quais ligada ao sector cerâmico, prepararam-se para se instalar em Vagos. Actualmente decorrem negociações com a "Mais Vagos", e apenas se sabe que uma é estrangeira.

Em declarações ao JB, o presidente da Câmara de Vagos, que, por inerência, ocupa a vice-presidência da assembleia-geral, confirmou tratar-se de dois grandes projectos, com "a mesma dimensão e a mesma componente ‘ID’ que a Plafesa". "Se vierem para Vagos, como espero, transportam uma mais valia em termos tecnológicos", acrescentou Rui Cruz.

Eduardo Jaques