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26-12-2008

Presépio gigante ocupa toda a garagem com 32 metros


Anadia - Presépio encanta visitantes

Fá-lo todos os anos, ininterruptamente. O presépio de Luís Corveira é, sem dúvida, um dos maiores do concelho de Anadia. Ocupa, este ano, toda a garagem da habitação e demonstra, acima de tudo, o carinho, a paciência e a dedicação deste reformado militar à construção de presépios.

Apaixonado pela quadra natalícia, os presépios que monta anualmente na sua casa, primeiro em Alféloas, agora em Famalicão, são uma atracção que se traduz em verdadeiras romarias, sobretudo de crianças que se deliciam a olhar para os bonecos em movimento. Um trabalho feito unicamente por este ex-paraquedista reformado que, aos 62 anos, continua a ter no Natal o período do ano que mais gosta. Na realidade, aquilo que começou por ser um "mimo" de um avô para com o neto, acabou por se transformar num trabalho admirado por todos.

A JB diz que o presépio "animado" começou a ser montado no final de Outubro, tendo ficado concluído a 8 de Dezembro, dia em que as luzes e o movimento deram vida às centenas de personagens.

Os pormenores estão à vista de todos. Este ano a novidade é a réplica da Capela de Famalicão, mas ali estão igualmente presentes uma vinha e uma adega, uma casa típica da Madeira, um pequeno forno comunitário, um lagar típico do Piodão, um castelo e um sem número de casas típicas, das várias regiões do país, entre outros elementos decorativos.

Quem admira a obra dá facilmente conta da complexidade dos mecanismos (vários motores) que fazem movimentar os vários bonecos em madeira e em barro, uns comprados, outros construídos por Luís Corveira, a que se associam ainda inúmeros jogos de luzes de várias cores e até uma cascata.

De referir ainda o cuidado em mostrar, sobretudo aos mais novos, algumas profissões e actividades antigas já desaparecidas. Por isso, ali se encontram lenhadores, sapateiros, ferreiros, pastores, agricultores, auxiliados, nas suas actividades, por noras, charruas e carros de bois. Presentes também os pastores, muitas ovelhas e, claro está, os Reis Magos e a Sagrada Família.

A JB Luís Corveira revela ainda que até as dezenas de quilos de musgo utilizados vêm da zona da Serra da Estrela, local onde ele é melhor.

C.C.


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