Abriu na última quinta-feira, no Hospital José Luciano de Castro, em Andia, a Unidade de Convalescença, inserida no âmbito do programa de Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.

A Unidade, de curta duração (onde o doente pode permanecer até um máximo de 30 dias), integra 20 camas e veio ocupar o espaço deixado liberto pelo extinto serviço de internamento em Medicina.

Na última quinta-feira, o Hospital foi vistoriado pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro) que determinou a abertura imediata daquela unidade.

Maria José Espanha, coordenadora da equipa que procedeu à vistoria, avançou a JB que para esta Unidade vão ser encaminhados doentes que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, por forma a que possam ser reabilitados.

Por isso estas 20 camas estão integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Os doentes entram aqui vindos de hospitais, dos domicílios ou desde que sinalizados pelos Centros de Saúde. É uma equipa de gestão de alta hospitalar que selecciona os doentes que estão inseridos numa plataforma informática e depois são distribuídos pelas unidades da Rede que tem sempre em consideração a área de domicílio dos doentes.

Obras concluídas. O reequipamento desta ala do Hospital obrigou à realização de algumas obras durante os últimos quatro meses, que permitiram eliminar algumas barreiras físicas, nos quartos, casas de banho, assim como disponibilizar uma segunda sala de banho assistido. Paralelamente, foi criada uma área de reabilitação com ginásio, dotado ainda com equipamento vário.

Ao serviço vão estar três médicos, 14 enfermeiros, dois fisiatras e um terapeuta da fala, assim como pessoal auxiliar.

A JB, José Afonso, administrador do HDA, sublinhou a qualidade do serviço agora disponibilizado, que possui uma grande capacidade de reabilitação intensiva.

A JB explicou que "um doente chega aqui e começa a fazer o seu programa de convalescença, reabilitação. Ao fim de 30 dias - período máximo que aqui pode permanecer - é avaliado. Se estiver bem regressa a casa. Se assim não for, será encaminhado para uma Unidade de Convalescença de média duração".

Mais oferta. O projecto de requalificação do Hospital, que implicou o encerramento do serviço de medicina, veio, por outro lado, permitir a disponibilização de consultas externas nas especialidades de Otorrinolaringologia e Dermatologia.

Até ao final deste mês, deverá ainda ser também disponibilizada a Consulta de Oftalmologia.

Paralelamente, foi reforçada a Cirurgia Vascular, em articulação com os HUC e alargado o horário da consulta de Pediatria, assim como a oferta ao nível da Fisioterapia, com a contratação de dois fisioterapeutas.

O Hospital de Anadia vai ainda ser dotado de uma Unidade de Cuidados Paliativos. Neste momento, está em processo de reavaliação com a ARS-Centro o número de camas que esta unidade irá disponibilizar. O financiamento para a criação desta unidade já foi disponibilizado. São 530 mil euros que se destinam a reequipar uma outra ala do HDA por forma a poder receber este tipo de doentes, em fase terminal. Segundo José Afonso, esta Unidade poderá ter entre 10 e 20 camas, sendo certo que quanto maior for o número de camas, mais fácil será rentabilizar a Unidade.

A Rede Nacional. A Rede Nacional é constituída por unidades e equipas de cuidados continuados de saúde e/ou apoio social, e de cuidados e acções paliativas, com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo os hospitais, os centros de saúde, os serviços distritais e locais da segurança social, a Rede Solidária e as autarquias locais.

A prestação de cuidados é assegurada através das Unidades de Internamento, Unidades de Ambulatório, Equipas Hospitalares e Equipas Domiciliárias.

Catarina Cerca

catarina@jb.pt