Jorge Sampaio. Esteve na Câmara, depois visitou uma empresa de sucesso na Zona Industrial, e terminou o périplo na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, onde a "malta" lhe cantou as "Janeiras". Nesse mesmo ano, em Setembro, foi a vez de Santana Lopes. Na sua qualidade de Primeiro-Ministro inaugurou o troço do IC1 (hoje A17), entre Aveiro e Mira, decorrendo a sessão solene numa tenda improvisada, já no distrito de Coimbra. Não se livrou de uma "manif", organizada por elementos afectos ao PCP de Arada (Ovar), que contestavam o anúncio da medida de colocação de portagens, que nesse mesmo dia tinha sido aprovada em Conselho de Ministros.
Depois de amanhã, sexta-feira, aqui virá o actual Primeiro-Ministro, José Sócrates, para presidir à cerimónia do lançamento da primeira pedra, de uma unidade industrial ligada ao sector metalo-mecânico, a instalar na novíssima Zona Empresarial do Fontão.
Liderada por um consórcio alemão, é a primeira fábrica a ser instalada na freguesia de Sosa. Abrangendo uma área total de 900 hectares, o referido espaço está a ser gerido pela sociedade "Mais Vagos", cujo capital é detido, entre outros, pela autarquia vaguense, Núcleo Empresarial de Vagos (NEVA) e Conselho Empresarial do Centro (CEC).
A nova unidade industrial, que ficará concluída em Setembro, ocupa uma parcela de 41 hectares, e terá um investimento de 98 milhões de euros. Vai proporcionar, para já, a anunciada criação de 571 postos de trabalho, os quais, numa segunda fase poderão ascender a 850.
Refira-se que, para além desta unidade fabril, a Câmara de Vagos possui, ainda, em carteira, diversos outros projectos, que a seu tempo vão ser anunciados. Um deles diz respeito a uma candidatura, apresentada há semanas pela autarquia vaguense, que concorre, em pé de igualdade, com as Câmaras de Aveiro e Albergaria.
Trata-se de um projecto "multifacetado e de grande envergadura", explicou o presidente da autarquia vaguense, confirmando que as candidaturas já foram pré analisadas, e que só em Março serão conhecidos os resultados. Tanto quanto se sabe a proposta apresentada é "boa", e, a não ser que haja outra "muito melhor", não haverá "nenhum motivo para que esse grande projecto não aqui fique instalado", disse Rui Cruz.