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27-02-2009

Joana conquistou o coração dos seus donos


Anadia - Porca domesticada faz as delícias dos donos (Vídeo)

Dorme no sofá da sala, só come comida cozinhada, adora um docinho e toma um banho por dia. Estas são apenas algumas das particularidades da “Joana” - uma porca com 10 meses de idade e 200 quilos de peso que o casal Ortélia Seco e Alberto Marta, da Moita, acolheu em casa, com apenas um dia de vida, já lá vai quase um ano.

O insólito caso passa-se na Moita, no concelho de Anadia e deixa todos boquiabertos. É que a “Joana”, na sua cuidada higiene “animal”, usa ainda creme Nivea e toalhetes de WC. De porca, pode dizer-se, não tem nada, a não ser a espécie.

A limpeza é uma constante e imagine-se, necessidades fisiológicas só são feitas no quintal da casa, ficando igualmente melindrada quando alguém lhe chama “porca”. Logo se levanta e corre até ao logradouro da casa onde, numa enorme tina em inox, lava o focinho, sendo este também o local onde toma o banho diário.



Acolhida (devido à morte da progenitora) com apenas um dia de vida, foi criada a biberão, com todos os cuidados de que um recém-nascido necessita.

“Cabia no bolso de um casaco, pois era muito pequenina e branquinha. Pusemo-la a dormir num escabelo da lenha, na sala e fomos tratando dela com todo o cuidado”, recorda Ortélia Seco, reconhecendo que é um animal muito inteligente e caprichoso.

“Dá pelo nome e conhece todas as pessoas da casa”, revela, admitindo que graças à sua personalidade (meiga, calma e sossegada) rapidamente ganha o afecto de todos, sobretudo dos mais pequenos.

Comer, dormir e brincar com três dos cachorros da casa preenchem o seu dia-a-dia e nem os gatos escapam à diversão. Gulosa desde pequena, também não lhe foi difícil aprender a procurar lambarices em armários e no frigorífico, hoje fechados a sete chaves, por causa da atrevida “Joana” .

Para o casal que negoceia em gado (suínos, caprinos e bovinos) a venda ou abate da “Joana” está fora de questão. “Faz parte da família e, por isso, aqui vai ficar até morrer de morte natural”, remata Ortélia Seco.

Catarina Cerca
catarina@jb.pt


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