O deputado do PS, Óscar Santos, considera intolerável que pessoas com responsabilidades autárquicas o tenham apresentado como promotor da convocação da Assembleia Municipal, realizada na última quinta-feira - que aprovou, por maioria, a adesão à empresa das Águas da Região de Aveiro, após a não-adesão, aprovada há três semanas, ter sido revogada.

Desonestidade. Óscar Santos assume que tenha sido um dos subscritores do pedido de convocação, esclarecendo que "foram 12 os membros da Assembleia que o fizeram: eu próprio, dois membros do CDS/PP e nove do PSD".

Sem especificar a quem se dirige em concreto, o deputado do PS afirma ser "intolerável e considera uma desonestidade pretenderem apresentar-me como o autor e promotor da convocação da Assembleia".

"Questões da relevância e com tão vastos efeitos como a que apreciámos e reapreciámos uma segunda vez, não podem continuar à mercê da mera chicana política. Ao menos oficialize-se, consagre-se, a figura do lóbi", afirma o deputado socialista.

Óscar Santos diz que vai aguardar serenamente a reposição de verdade, lamentando, profundamente, "esta ausência de sentido da responsabilidade".

Vereadores faltosos. A convocatória para a realização da segunda Assembleia foi desencadeada, em reunião de Câmara, pelo deputado do CDS/PP, Vítor Sampaio, que pediu explicações ao presidente da Câmara sobre a forma como revogar a deliberação que tinha sido tomada pela Assembleia. Na ocasião, Mário João Oliveira explicou que só os deputados podiam solicitar esse pedido, o que veio acontecer em menos de 24 horas. Vítor Sampaio acabaria por não marcar presença na Assembleia, assim como a vereadora Leontina Novo, que votou contra em reunião de Câmara, e Manuel Silvestre (favoravelmente).

Pedro Fontes da Costa

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