"Hoje é o início de uma nova era." O presidente da Câmara Municipal da Mealhada definiu desta forma o culminar de uma aspiração da autarquia com mais de 15 anos, de ver criada uma entidade gestora para a Mata do Bussaco.

Na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Fundação Mata do Bussaco, na passada quinta-feira, Carlos Cabral frisou que, "hoje, com uma Fundação, sabemos quem tem de resolver os problemas e é chamado a prestar contas". "Será um trabalho árduo por parte dos órgãos sociais, onde a Câmara também assumirá as suas responsabilidades".

"Os problemas não estão resolvidos, mas sabemos o que temos para fazer", destacaria, por seu lado, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas. Ascenso Simões afirmaria que "a Fundação fica dotada de capacidade para gerir autonomamente o espaço e poder autosustentar-se", uma vez que receitas como as provindas da concessão do Palace Hotel do Bussaco, da actividade florestal e das entradas na Mata serão para a Fundação. Será também possível, a partir de agora e nos próximos sete anos, "a Fundação candidatar-se a um conjunto de programas nacionais e europeus, na ordem dos 7 milhões de euros".

Marca internacional. À frente do Conselho de Administração está o vereador António Jorge Franco, que expressou o desejo de que a Mata do Bussaco seja "uma marca internacional". O vereador desvalorizou as críticas de que foi alvo, por parte do vereador da oposição Carlos Marques, aquando da sua nomeação, dizendo que não é por isso que vai trabalhar mais. "O objectivo era dar o meu máximo desde o início", salientou.

No Conselho de Administração estão, ainda, representantes de três ministérios - Agricultura, Finanças e Economia - e um elemento a designar pelo Conselho Geral, de que faz parte a vice-presidente da Câmara, Filomena Pinheiro.

Oriana Pataco

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