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08-10-2009

Liga dos Combatentes recordou memórias


Ex-combatentes em convívio

No último sábado, dia 3, foi dia de festa-convívio dos ex-combatentes que integraram a Companhia de Caçadores 3439, do batalhão 3856, que, sediado entre Luso e Henrique de Carvalho, combateu nas matas de Angola, entre o ano de 1971 e 1973. Mas, para além do natural convívio, houve um outro motivo que os juntou em Oliveira do Bairro: a atribuição e imposição de medalhas por ferimentos em campanha. Entre os três condecorados, está o oliveirense António das Neves Baptista.

Esteve também na génese deste evento o Núcleo da Liga dos Combatentes de Oliveira do Bairro que se disponibilizou desde o início não só para os receber, mas para dignificar a sua passagem e o acto em si, que decorreu junto ao Monumento aos Combatentes, onde desde cedo foi acesa a chama da pátria.

Victor Pinto, presidente da Direcção do Núcleo deu as boas-vindas e, dirigindo-se aos ex-combatentes, salientou que "todos contribuíram para honrar a nossa história" e é obrigação da sociedade "manter viva a sua memória".

Por sua vez, o comandante da companhia, Ernesto Bruno, falou do orgulho que era reunir os que, durante 28 meses, viveram "bons e maus momentos", independentemente da ideia que cada um tinha do seu dever e da guerra que tinham de enfrentar.

Já Mário João, presidente da Câmara, mostrou-se duplamente satisfeito e orgulhoso por Oliveira do Bairro receber ex-combatentes da guerra de Angola, onde nasceu, e muito mais pelo gesto da imposição das medalhas, atribuídas pelo ministro da Defesa, Severiano Teixeira, aos mutilados, "gesto extremamente justo e importante".

No encadeamento da acção, foi deposta uma coroa de flores no monumento em memória de quantos da companhia partiram da vida terrena, seguindo-se um minuto de silêncio e o entoar do Hino Nacional.

Depois deste gesto de justiça e nobreza, o almoço teve lugar no Hotel Paraíso.

Este é o segundo encontro e juntou mais de meia centena de pessoas, entre antigos combatentes e familiares (sendo visível já a presença da terceira geração). Como sempre a alegria do reencontro, o abraço esfusiante, a camaradagem que se construiu em tempos difíceis.

Armor Pires Mota


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