A Câmara de Aveiro pretende retomar no próximo ano o projecto ‘Casas-Primeiro’, como mediadora para a “ocupação de habitações desabitadas”, disse a vereadora Maria da Luz Nolasco, mas é um trabalho a “longo prazo”, como disse na última reunião da Assembleia Municipal. ‘Casas-primeiro´ é uma acção da Associação para o Estudo e Integração Psicossocialdestinado, um projecto “dirigido a pessoas sem-abrigo que oferece apoio na escolha, obtenção e manutenção de uma casa individual, digna, permanente e integrada na comunidade”.
A longo prazo é a solução que a vereadora apresentou à socialista Celina França que se referiu a um problema que atinge entre 60 a 80 sem abrigo em Aveiro. Por isso perguntou: “como pensam alojar as pessoas?”. O número “tem vindo a aumentar e continuará “ mas para já, avaliando a acção da Câmara, já concluiu que “ não há uma intervenção delineada para a habitação e exclusão social”.
Os sem-abrigo em Aveiro usam vários espaços abandonados, normalmente prédios. Celina França referiu-se a uma construção interrompida junto ao Canal de S. Roque, um “prédio devassado, aberto” e (em 19 de Janeiro último) a um homem encontrado morto numa garagem inundada. Voltar a acontecer outra morte é uma possibilidade, avisou. “Podemos confrontarmo-nos com nova realidade”, disse. O imóvel é propriedade de um privado e o vereador Carlos Santos, do PSD, disse que aquele prédio “é um problema, é uma área enormíssima, complicada de vedar”.
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