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25-02-2007

As consultas não programadas e o serviço de ambulatório vão manter-se


Acordo com governo permite manter urgências em Cantanhede -

O presidente da Câmara de Cantanhede (PSD) disse ontem que o protocolo assinado com o Ministério da Saúde vai permitir manter o serviço de urgência que passa a funcionar das 08:00 às 24:00.

"Ficamos com numa situação melhor do que tínhamos antes", disse o autarca.

João Moura falava em Lisboa na cerimónia de assinatura de protocolos entre o Ministério da Saúde e os os municípios de Espinho (PS), Montijo (PS), Fafe (PS), Cantanhede (PSD), Santo Tirso (PS) e Macedo de Cavaleiros (PSD) com vista à reestruturação da rede de urgência.

Inicialmente o cenário proposto pelo ministério para Cantanhede visava o encerramento das urgências, mas com este protocolo, adiantou o autarca, as consultas não programadas e o serviço de ambulatório vão manter-se.

O serviço, adiantou, deverá até melhorar, uma vez que actualmente as urgências funcionavam durante 24 horas, mas as análises clínicas fechavam às 17:00 e a radiologia às 22:00.

Ao abrigo do protocolo agora assinado, explicou, Cantanhede terá um ser viço a funcionar entre as 08:00 e as 24 horas, que inclui também os meios complementares de diagnóstico.

"Vamos ter dois médicos, dois enfermeiros e pessoal administrativo. Se conseguirmos potenciar, entre as 08:00 e as 24:00, com uma equipa de qualidade, penso que todos nós ganhamos com isso", disse.

A reestruturação da rede de urgências, definida por um grupo de peritos , prevê o encerramento de 15 urgências hospitalares, tendo sido a do hospital de Peniche a última a ser conhecida.

A proposta dos peritos propõe três níveis de resposta, sendo que os doi s primeiros - Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) e Serviço de Urgência Polivalente (SUP) - já existem nos hospitais. A grande novidade é a criação de S erviços de Urgência Básica (SUB), cuja localização tem sido polémica, com os municípios preteridos (como Valência) a protestarem contra a sua instalação em outr as autarquias.

O Ministério da Saúde garante que esta reestruturação "trará benefício imediato para mais de 450 mil portugueses (4,5 por cento da população) que hoje estão a mais de 60 minutos de um ponto de urgências".

"Com a rede, apenas 0,6 por cento ficarão a mais de 60 minutos de qualq uer serviço de urgência e pelo menos 90 por cento dos portugueses ficarão, no má ximo, a 30 minutos de um qualquer serviço de urgência e, no máximo, a 45 minutos dos níveis mais diferenciados da rede, Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (S U MC) e Serviço de Urgência Polivalente (SUP)", assegura o grupo de peritos, num a convicção subscrita por António Correia de Campos.

A seguir ao encerramento de alguns blocos de parto, ocorridos no ano pa ssado, esta reestruturação é a medida mais polémica do ministro da Saúde e a que tem merecido mais manifestações populares de desagrado, como as registadas na s emana passada no Alto Tâmega, nomeadamente Chaves, que contesta o encerramento d a urgência hospitalar, nos moldes actuais.

A tutela respondeu a estes protestos, garantindo que "a instalação da R ede de Urgências não poderá nunca ocorrer sem que o centro de atendimento telefó nico do Serviço Nacional de Saúde, que funcionará 24/24 horas e para todo o terr itório nacional, esteja em pleno funcionamento", e que "o transporte de doentes pré-hospitalar (ambulâncias, Veículos Medicalizados de Emergência e Reanimação, helicópteros) seja reforçado de acordo com as necessidades locais".


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